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Israel diz que atentado no Sinai é 'alerta'; Egito promete segurança

Irmandade Muçulmana acusa serviço secreto israelense por ataque

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo egípcio classificou de "infiéis" os atiradores que mataram 16 policiais do país em área próxima à fronteira com Israel anteontem e prometeu reforçar a segurança na península do Sinai, num episódio que fez crescer a tensão na região.

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse que o ataque era um "alerta" para o Cairo, que segundo ele vem perdendo o controle da zona desde a queda do regime Hosni Mubarak, em 2011.

De lá para cá, bandidos beduínos, radicais islâmicos e militantes palestinos da vizinha Gaza têm aproveitado o vácuo na região.

A desmilitarização do Sinai é um dos pilares do histórico acordo de paz de 1979 entre Israel e o Egito.

MOSSAD E TRATADO

A retórica contra o acordo é frequente no discurso da Irmandade Muçulmana, partido de origem do presidente egípcio, Mohamed Mursi.

Ontem, o movimento islâmico culpou Israel pelo atentado.

Em nota, a Irmandade afirmou que o ataque "pode ser atribuído" ao Mossad, o serviço secreto israelense, e disse ser "imperativo rever as cláusulas" do acordo de 1979.

"Este crime pode ser atribuído ao Mossad, que está tentando abortar a revolução desde o seu início, e a prova disso é que deu instruções aos cidadãos sionistas para abandonar o Sinai dias atrás", diz o texto.

O presidente Mursi, que tomou posse em junho, tem seu primeiro teste diplomático com Israel no momento em que tenta consolidar seu governo, equilibrando-se entre o grande poder remanescente dos militares e a nova influência da Irmandade, partido do qual formalmente se desvinculou após as eleições.

Ontem, o presidente visitou a zona do ataque ao lado do ministro da Defesa, Hussein Tantawi, que comandou a pasta sob Mubarak.

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