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A 1 ano da eleição, governo redobra esforço para se blindar de críticas

DO ENVIADO AO NOROESTE DO IRÃ

Três dias após o terremoto que matou 306 pessoas, o regime iraniano redobra esforços para mostrar presteza no amparo às vítimas, numa tentativa de blindar-se contra críticas a menos de um ano da eleição presidencial.

Promessas de ajuda financeira somam-se a uma mobilização geral dos serviços públicos locais voltada principalmente para os milhares de desabrigados que se amontoam em acampamentos de beira de estrada.

A campanha era visível na aldeia de Chalehmaghiboulagh, na província do Azerbaijão, na fronteira iraniana com o país homônimo.

Escavadeiras limpavam o terreno para acomodar melhor as barracas brancas onde estão instalados cerca de 300 moradores cujas casas foram destruídas.

O terremoto acirrou os ânimos numa arena política cada vez mais voltada para a eleição de junho de 2013.

Mesmo fora da disputa após dois mandatos seguidos, o presidente Mahmoud Ahmadinejad foi acusado por jornais de desprezar a tragédia ao viajar para uma cúpula na Arábia Saudita em vez de visitar sobreviventes do terremoto.

Coube ao vice-presidente Mohamed-Reza Rahimi visitar áreas afetadas ontem.

O presidente do Parlamento e potencial candidato, Ali Larijani, acusou a TV estatal de minimizar a gravidade da crise na região.

Cidadãos críticos ao regime usaram redes sociais para acusar autoridades de Teerã de se preocupar mais com o massacre de opositores muçulmanos em Mianmar do que com o terremoto que atingiu o noroeste do país.

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