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Perfil

Grupo se inspira na vertente do punk proletário

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Até março deste ano, quando três de suas integrantes foram presas, a banda Pussy Riot não era muito conhecida nem na própria Rússia.

Hoje, é famosa em todo mundo e conseguiu unir, em protestos, artistas como Paul McCartney, Madonna, Bjork e Red Hot Chili Peppers.

O Pussy Riot não é só uma banda, mas um coletivo feminista, formado por cerca de 15 mulheres. Todas usam pseudônimos e escondem os rostos com máscaras coloridas.

Além das integrantes da banda, há artistas plásticas e cenógrafas, responsáveis pelo visual do grupo e de seus eventos, e equipes que filmam as performances e colocam as imagens na internet.

O Pussy Riot foi fundado em setembro de 2011, logo depois de Vladimir Putin anunciar que tentaria novamente chegar à Presidência da Rússia.

Na ocasião, uma integrante do coletivo disse à revista "Vice": "Foi aí que percebemos que o país precisava de uma banda militante, punk-feminista, que canalizasse a energia do povo contra a junta putinista e fortalecesse a oposição cultural e política da Rússia com temas que são importantes para nós, como os direitos de mulheres e da comunidade LGBT, o conformismo masculino, a fragilidade política das cenas musical e artística e a dominação masculina em muitas áreas".

Musicalmente, o Pussy Riot se inspira no movimento "Oi!", vertente mais alternativa e proletária do punk inglês, surgida no fim dos anos 70.

O som é, basicamente, punk rock, com guitarras distorcidas e letras cantadas como gritos de torcidas de futebol.

Outra inspiração é o movimento feminista-musical conhecido por "Riot Grrrl", originado nos Estados Unidos nos anos 1990 e que revelou bandas como L7 e Bikini Kill.

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