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Antes de pedir resgate, Espanha quer saber exigências europeias

Madri quer ainda que BC europeu aumente compra de seus títulos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, afirmou que espera saber em um mês as exigências impostas para recorrer ao fundo de ajuda da zona do euro antes de decidir se vai recorrer a um resgate formal.

Usar o fundo de ajuda é uma das condições impostas pelo BCE (Banco Central Europeu) para comprar títulos da dívida de países como a própria Espanha e a Itália.

Guindos, porém, deixou claro ontem que o governo espanhol só vai usar o fundo se a ação do BCE for forte.

O governo espanhol defende que o BCE aumente o volume de títulos comprados para que possa aliviar a pressão dos altos juros cobrados pelo mercado.

"Tem que ser uma quantidade que não deixe a menor dúvida, o menor resquício de incerteza", disse o ministro.

"São intervenções que têm que ser contundentes, as quais não podem ser impostas limites ou divulgados a quantia e o período de duração", completou Guindos.

Contudo, ao aceitar o dinheiro do fundo europeu -e, por sua vez, poder ser ajudado pelo BCE-, a Espanha deverá ter que aceitar regras mais duras para reduzir o deficit, o que significa também ceder parte da sua soberania.

Por isso, a administração de Mariano Rajoy, que assumiu no fim do ano passado, reivindica saber as exigências europeias antes de aceitá-las.

Investidores exigem atualmente cerca de 6,4% de juros para negociar os papéis da dívida espanhola, patamar que é considerado insustentável e que chegou a 7,6% no fim do mês passado.

Antes do recrudescimento da crise, os títulos eram negociados por cerca de 4%.

A dívida espanhola representa 72,1% do PIB do país no primeiro trimestre deste ano. Ela está abaixo não só da média da zona do euro (88,2%), como também da da Alemanha (81,6%).

O que preocupa, no entanto, é o ritmo do crescimento do endividamento -que era de 64,7% do PIB de janeiro a março do ano passado.

Esse aumento é explicado, em grande parte, pela recessão econômica e pela alta taxa de desemprego (24,8% em junho, a maior da Europa), que afetam a arrecadação de impostos pelo Estado.

ITÁLIA

O premiê italiano, Mario Monti, afirmou que a economia do país está melhor que há um ano e que, "de algumas maneiras", o fim da crise está mais próximo.

Para ele, será uma "tragédia" se o euro se tornar fator de discórdia entre os países do norte e do sul do bloco.

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