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Uruguai cogita comércio privado de maconha

Presidente enviou a Congresso neste mês projeto que quer legalizar a droga no país

DE SÃO PAULO

A sugestão do presidente do Uruguai, José Mujica, de que uma empresa privada poderá vender maconha no país se o Congresso aprovar projeto enviado pelo governo para legalizar a droga provocou ontem duras críticas da oposição ao esquerdista.

A possibilidade foi revelada pelo jornalista Andrés Oppenheimer em sua coluna de anteontem no jornal americano "Miami Herald".

Ontem, o governo confirmou que o plano inclui comércio privado, mas enfatizou que o projeto enviado ao Congresso no começo do mês só terá formato final após debate no Legislativo, onde Mujica tem pequena maioria.

"O que haverá é um mercado regulado e controlado pelo Estado em que alguma pessoa que não seja diretamente do Estado, mas um privado, com uma licença, [...] poderá participar da comercialização", disse Diego Cánepa, presidente da Junta Nacional de Drogas e secretário da Presidência, segundo o site do jornal uruguaio "El País".

"Estamos trabalhando os detalhes de implementação, mas são temas que estão vindo da discussão parlamentar", seguiu Cánepa.

Para o líder do oposicionista Partido Colorado, Pedro Bordaberry, a possibilidade de participação privada é "outra grande improvisação" de Mujica no tema.

"O projeto enviado ao Parlamento não diz nada, diz que é para ser discutido e agora isso. É muito perigosa a forma como [o governo] está procedendo", disse Bordaberry ao "El País".

O plano enviado por Mujica tem apenas três parágrafos e diz que "o Estado assumirá o controle e a regulação das atividades de importação, produção, aquisição a qualquer título, armazenamento, comercialização e distribuição de maconha e seus derivados".

Haverá um limite mensal de compra de 40 cigarros por pessoa, e estrangeiros serão barrados do esquema.

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