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Jornalistas estrangeiros sofrem violência e intimidação na China

Foram registrados quatro casos com correspondentes até agora

DE PEQUIM

Quatro equipes de jornalistas estrangeiros foram alvo de intimidação e violência na China em pouco mais de duas semanas, segundo nota conjunta de três associações de correspondentes.

As associações de Xangai, Hong Kong e Pequim estão "alarmadas pela frequência desses incidentes e pelo claro risco de grave dano físico a jornalistas que estão apenas conduzindo seus deveres profissionais na China".

O primeiro caso ocorreu no dia 28 do mês passado, quando um jornalista do diário japonês "Asahi Shimbun" foi agredido pela polícia na cidade de Nantong enquanto cobria uma manifestação, segundo a nota. O seu equipamento, avaliado "em vários milhares de dólares", foi confiscado e até ontem não havia sido devolvido.

No último dia 10, foi a vez de um repórter da TV Asia Television, de Hong Kong, ser agredido em Hefei, durante o julgamento de Gu Kailai, mulher do ex-dirigente comunista Bo Xilai. O jornalista foi vítima de policiais à paisana enquanto filmava manifestantes sendo presos.

No dia seguinte, sempre de acordo com a nota, uma equipe da TV alemã ARD foi atacada por funcionários de uma fábrica na Província de Henan e acusada de espionagem. Encurralados, os jornalistas só conseguiram escapar do cerco depois de nove horas, sob escolta policial.

No último incidente, um jornalista americano e outro polonês foram seguidos e intimidados por pelo menos oito pessoas em Ordos (norte).

"Estamos preocupados com que alguns desses incidentes envolvam agentes de segurança", afirma a nota. "Exortamos as autoridades a assegurar que os jornalistas estejam protegidos de violência e intimidação." (FABIANO MAISONNAVE)

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