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Senado do Paraguai rejeita a entrada de Caracas no Mercosul

Com país suspenso do bloco, decisão dos parlamentares tem caráter simbólico; governistas decidiram não votar

Liberais queriam que votação ocorresse após as eleições presidenciais na Venezuela, mas colorados pressionaram

DE SÃO PAULO

Três semanas depois de Brasil, Argentina e Uruguai oficializarem, na ausência do suspenso Paraguai, a entrada da Venezuela no Mercosul, o Senado paraguaio rejeitou o ingresso do país de Hugo Chávez no bloco.

O Protocolo de Adesão havia sido enviado pelo presidente Federico Franco ao Parlamento em 31 de julho -mesmo dia em que o ingresso foi confirmado em Brasília.

Os senadores do Partido Liberal, de Franco, queriam deixar a votação para depois das eleições na Venezuela, em 7 de outubro, na esperança de uma mudança no cenário político do país caribenho.

Por pressão da maioria colorada, no entanto, o protocolo entrou na pauta e foi rejeitado por 31 dos 45 senadores. Os 11 parlamentares liberais deixaram o plenário, e três votaram a favor do texto.

Entre diplomatas do Mercosul, a decisão do Senado do Paraguai -que vinha travando a entrada da Venezuela desde 2009- é vista como sem efeito real, considerando que o país estava suspenso quando foi oficializado o ingresso.

O advogado Eric Salum, deputado do Paraguai no Parlasur, porém, sugere que a adesão da Venezuela terá de ser revista após a votação. "A decisão [do Senado] vai ter consequências quando o Paraguai voltar", disse à Folha.

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