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Presença palestina causa saia justa em cúpula no Irã Encontro dos países não alinhados tem disputa entre Hamas e Autoridade Palestina DE TEERÃA Cúpula do Movimento dos Países Não Alinhados (MNA) promovida pelo Irã começou ontem com um constrangimento acerca da participação palestina no evento e apelos de Teerã pelo fim das sanções ocidentais. Ao receber um encontro deste foro de 120 países criado na Guerra Fria como alternativa à polarização entre EUA e União Soviética, o governo iraniano tenta mostrar que tem aliados. Mas no primeiro dos seis dias da cúpula, Teerã esbarrou na rivalidade entre os dois principais líderes palestinos: Ismail Haniyeh, chefe do grupo islamita Hamas em Gaza e aliado do Irã contra Israel, e o secular Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), próxima do Ocidente. O governo iraniano havia anunciado na sexta-feira que ambos iriam à cúpula do MNA, mas teve que recuar do convite a Haniyeh depois que Abbas ameaçou não ir ao Irã para o encontro de chefes de Estado, na quinta-feira. "Só Mahmoud Abbas foi convidado", disse Mohammad Reza Forqani, porta-voz da cúpula. A decisão sinaliza a tentativa do Irã de afastar a ANP da órbita ocidental e aproximá-la de Teerã. Abbas nunca visitou o Irã e até então criticava o país pelo apoio ao Hamas. Enquanto os chefes de Estado não chegam a Teerã, o encontro foi aberto com discurso do chanceler iraniano, Ali Akbar Salehi. O Brasil é observador. Salehi pediu aos participantes que condenem sanções contra qualquer membro do MNA -além do Irã, Coreia do Norte, Síria e Cuba sofrem medidas econômicas. O ministro negou acusações de que Teerã fabrica uma bomba atômica e reiterou o argumento de que a lei internacional permite enriquecer urânio para fins energéticos e medicinais. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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