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Assad diz que regime está 'avançando', mas que precisa de tempo

Declarações foram dadas em entrevista a TV; ataque a bomba em Damasco deixa 12 mortos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ditador sírio, Bashar Assad, disse ontem que seu regime está "avançando" na guerra que tem sido travada no país, mas que talvez os confrontos durem mais do que previa.

"Estamos lutando uma guerra regional e internacional e devemos precisar de tempo para vencê-la. Mas posso dizer uma coisa: estamos avançando", disse Assad, durante entrevista ao canal privado "Al Dunia", que deve ir ao ar hoje, às 21h (hora local).

Nos trechos divulgados ontem, Assad ainda critica as autoridades turcas, mas diz ter o apoio da população do país vizinho.

"Vamos retroceder por causa da ignorância de alguns dos líderes turcos ou vamos olhar para o nosso relacionamento com o povo turco, que esteve conosco nesta crise?", questiona Assad.

As declarações vêm depois do maior massacre cometido em 17 meses de conflito, que deixou ao menos 330 mortos em Daraya, próximo à capital. Segundo a ONU, mais de 18 mil pessoas já morreram no conflito. O OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos) calcula 25 mil mortos.

Ontem, a explosão de um carro-bomba durante um funeral em Damasco deixou pelo menos 12 mortos e dezenas de feridos -150, segundo testemunhas e 48, de acordo com a TV estatal.

O atentado ocorreu em frente a um cemitério druso no distrito de Jaramana. Segundo o OSDH, o funeral era de dois apoiadores de Assad mortos na véspera -o que leva a crer que o ataque veio de opositores ao regime.

Um porta-voz do Exército Livre da Síria, contudo, acusa o governo de planejar o ataque para criar uma "discórdia sectária". "Eles querem enviar a mensagem 'se nós sairmos, essas minorias estarão em perigo", disse o coronel Aref Hammoud.

O governo Assad sempre foi visto como um defensor das minorias étnicas no país, entre eles cristãos e os drusos, diante da maioria sunita (74%).

Ontem, Abdelbaset Sieda, líder do Conselho Nacional Sírio, principal grupo opositor, pediu que os EUA e seus aliados tomem "ações decisivas" para ajudar o país em vez de falar sobre as divisões na oposição do país.

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