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Opção de seguir combates causa controvérsia

DE SÃO PAULO

A decisão das Farc e do governo da Colômbia de negociar a paz no exterior enquanto seguem os combates nas selvas causa controvérsia no país.

"Cedo ou tarde terão de discutir o cessar-fogo. No momento, é a única alternativa", diz Juanita León, diretora do site de análise "La Silla Vacía".

Para León, a população veria numa trégua uma concessão militar à guerrilha. Outros analistas favoráveis ao arranjo dizem que ele implica baixas em terreno durante o diálogo que têm alto custo político, mas evita que incidentes ou que "sabotadores da paz" minem o processo.

Para Alfredo Rangel, analista próximo à política linha-dura da gestão Uribe, Santos dá um "salto no vazio" ao aceitar negociar nessas condições.

"De um momento para outro, Santos desistiu de suas condições -de exigir o fim do recrutamento forçoso de crianças à guerra, a entrega de sequestrados civis e fim do elo com o narcotráfico- para negociar sob as condições impostas pela guerrilha", diz ele.

"Vai ocorrer uma escalada dos enfrentamentos. A guerrilha sempre utilizou a violência como um instrumento de pressão, o que sempre minou o respaldo popular a esse tipo de diálogo", segue Rangel.

León é mais otimista: "A negociação se constrói sobre o erros do passado. O contexto nacional e internacional permite ser moderadamente otimista." (FLÁVIA MARREIRO)

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