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França projeta contração do PIB e já avista recessão

BC francês prevê encolhimento de 0,1% da economia no atual trimestre

Anúncio ocorre um dia depois de o presidente François Hollande anunciar pacote de aperto de € 30 bilhões

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Um dia depois de o presidente francês reduzir a previsão de crescimento do país para 2013, o banco central local anunciou ontem que o PIB (Produto Interno Bruto) da França deve sofrer contração neste terceiro trimestre.

O país, segunda maior economia da zona do euro, está há três trimestres consecutivos em estagnação, segundo a Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia, e terá contração estimada em 0,1% do PIB entre julho e setembro.

O dado foi visto como alerta de que o país esteja caminhando para recessão.

Em entrevista a uma rede de TV no domingo à noite, o presidente François Hollande também anunciou a necessidade de economizar € 30 bilhões no ano que vem, com cortes de gastos e aumentos de impostos, no "maior esforço fiscal dos últimos 30 anos", segundo o político.

Hollande criticou o pedido de cidadania à Bélgica de Bernard Arnault, diretor do grupo de marcas de luxo LVMH (Moët-Hennessy Louis Vuitton) e homem mais rico do país, após confirmação de imposto de 75% sobre ganhos superiores a € 1 milhão/ano.

O assunto foi capa do jornal "Libération" ontem, com forte viés crítico ao empresário. Em sua manchete, a publicação chamava Arnault de "rico idiota". Ele anunciou que irá processar o jornal.

Durante o pronunciamento televisivo, Hollande também mostrou tom mais conciliador em relação a empresários que anunciam planos de cortes de empregos e de fechamento de fábricas, como o grupo Peugeot Citroën.

ITÁLIA

Na Itália, trabalhadores entraram em conflito com a polícia ao protestar contra o fechamento de fábricas da multinacional Alcoa -uma pessoa ficou ferida.

A empresa de alumínio pretende fechar duas de suas instalações italianas, onde trabalham cerca de 500 pessoas.

Os manifestantes usaram peças de alumínio em frente ao Ministério do Desenvolvimento Econômico, contra o qual lançavam fogos de artifício. Outros prédios também foram objeto de depredação.

O país, em crise, tem sofrido com o aumento do desemprego: em julho, o índice chegou a 10,7% da população.

GRÉCIA

As negociações entre o governo da Grécia e a "troica" de credores (Comissão Europeia, BC Europeu e FMI) estão travadas.

O país precisa da aprovação dos representantes dos credores sobre medidas adicionais de austeridade para os próximos anos no valor de € 11,5 bilhões.

Até o momento, a "troica" recusou as propostas do governo de coalizão da Grécia, liderado pelo primeiro-ministro conservador Antonis Samaras.

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