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Líbia continua mergulhada no caos pós-guerra

DE JERUSALÉM

Quase um ano depois da morte do ditador Muammar Gaddafi e da guerra civil, a Líbia continua mergulhada em conflito e violência.

Grupos armados controlam grande parte do território e desafiam o fraco governo central. A primeira eleição livre no país em 60 anos foi antecedida de atos de violência de grupos insatisfeitos com a divisão das cadeiras no Parlamento.

A votação foi surpreendentemente calma. O resultado contrariou a tendência observada nos outros países que derrubaram ditadores na Primavera Áraba -Tunísia e Egito, onde islamitas chegaram em primeiro.

Nas eleições líbias, uma aliança liberal liderada pelo premiê interino, Mahmoud Jibril, ficou com a maior bancada, de 39 dos 200 deputados. Em segundo ficou o partido da Irmandade Muçulmana, com 17.

Entretanto, mais de metade do Parlamento líbio é formada por candidatos independentes de agenda desconhecida, o que tornará a busca de consenso uma missão árdua.

Ontem, o Parlamento elegeu o novo primeiro-ministro, Mustafa Abu Shagour, um engenheiro que fez carreira nos EUA, voltou durante a revolução do ano passado e se transformou num dos principais assessores do governo provisório.

Seu desafio será reconstruir as forças de segurança para controlar os grupos armados de oposição e unir um país virtualmente dividido.

(MARCELO NINIO)

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