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Opinião

Não fossem manifestações, obra sofrível passaria despercebida

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Se não tivesse atraído tanta atenção por seu conteúdo antimuçulmano e causado protestos violentos, "Innocence of Muslims" (em tradução livre, "A Inocência dos Muçulmanos") certamente passaria despercebido por causa da qualidade sofrível.

Os 14 minutos do filme encontrados no YouTube mostram uma produção amadorística, com diálogos ridículos, atuações histriônicas e efeitos especiais de produção caseira.

As cenas de deserto mostradas no filme foram filmadas com "chroma key", um processo em que atores são filmados em frente a uma parede verde ou azul, depois "apagada" eletronicamente e substituída por um fundo falso. Aqui, o "chroma key" foi pessimamente usado, e o efeito chega a ser risível.

"Innocence of Muslims" começa mostrando muçulmanos egípcios queimando casas de cristãos egípcios e matando mulheres: "Vamos queimar esses malditos cristãos!", diz um personagem.

O filme volta no tempo e dá sua versão para o surgimento de Maomé, mostrado como um homem promíscuo e que recomenda a seus comandados abusar sexualmente de crianças.

Em certo momento, "Maomé" dialoga com um jumento, que chama de "o primeiro animal muçulmano".

Alguns atores do elenco disseram que seus diálogos foram dublados, e isso é evidente, em especial em cenas em que citam Maomé.

Em determinado momento, um ator está no meio de uma fala, quando sua voz claramente muda de tom e ele diz: "Seu nome é Maomé. Podemos chamá-lo de 'filho de pai desconhecido'".

Veja o trailer do filme
www.youtube.com/watch?v=qmodVun16Q4

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