Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Ataque no Afeganistão mata 4 da OTAN

Coalizão afirma que soldados foram mortos por policiais afegãos; autoria de atentado ainda não foi reivindicada

General americano diz que presença de soldados e policiais "desonestos" é ameaça ao "esforço de guerra"

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Quatro militares americanos que serviam à Otan morreram ontem no Afeganistão em outro ataque articulado por soldados afegãos, de acordo com a coalizão.

As mortes ocorreram em um posto de controle na província de Zabul, zona remota no sudeste do Afeganistão.

No sábado, dois soldados -ambos britânicos- foram assassinados após a invasão de 20 insurgentes armados com granadas e coletes explosivos à base britânica na província de Helmand.

O Taleban assumiu a autoria da morte dos dois britânicos em represália ao filme "A Inocência dos Muçulmanos", que satiriza o profeta Maomé, e também pela presença do príncipe Harry, o terceiro na linha sucessória para o trono britânico, que serve na base. Até o fechamento desta edição, nenhum grupo havia reivindicado a autoria dos ataques aos militares americanos. Mas a Otan afirma que policiais afegãos são os autores dos disparos. Suspeita-se que o Taleban tenha integrantes infiltrados na polícia.

"O problema de soldados e policiais afegãos desonestos que apontam suas armas para tropas americanas e aliadas é uma ameaça séria ao esforço de guerra, que consiste em colocar a responsabilidade pela segurança nas mãos de afegãos", disse o general do Exército americano Martin Dempsey.

Os recentes ataques preocupam o governo americano sobre o futuro do Afeganistão após a saída das tropas do país, o que está programado para acontecer em 2014.

Segundo a Otan, 51 soldados da coalizão foram mortos pelas forças afegãs apenas neste ano. Em 2011, 35 militares morreram sob as mesmas circunstâncias.

Também no Afeganistão, um ataque aéreo da Otan ontem matou oito mulheres e deixou outras cinco feridas, segundo uma fonte oficial do país disse à agência Efe.

PROTESTOS

Ontem, no Oriente Médio e na África, as manifestações contra "A Inocência dos Muçulmanos" foram menos intensas, mas pelo menos dois países registraram protestos.

Na Nigéria, uma catedral católica de Zinder, a segunda maior cidade do país, foi incendiada e ficou destruída.

Em Karachi, no Paquistão, centenas de pessoas foram às ruas para protestar contra o vídeo e entraram em confronto com a polícia ao se dirigir para o consulado americano.

O líder do grupo extremista Hizbollah, Hassan Nasrallah, disse que vai organizar protestos contra o filme em diferentes partes do Líbano e afirmou que os EUA devem ser responsabilizados pelo conteúdo da película.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.