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Embaixador foi retirado de consulado dos EUA vivo, diz testemunha

DA ASSOCIATED PRESS

O embaixador americano Christopher Stevens -morto há uma semana durante ataque ao consulado dos EUA em Benghazi, Líbia- ainda respirava quando manifestantes se depararam com ele em uma sala do prédio.

As informações foram detalhadas ontem pelo cinegrafista amador Fahd al-Bakoush, autor de um vídeo publicado na internet que mostraria o momento em que Stevens é resgatado (youtube/fMjcmJOhslQ).

As imagens são escuras e confusas, e aparentemente há líbios comemorando o ataque e outros tentando salvar o diplomata.

Al-Bakoush entrou no consulado logo após o ataque atribuído à rede Al Qaeda. O embaixador teria morrido asfixiado pela fumaça, junto de três outros americanos.

O cinegrafista contou que ouviu alguém chamando a sua atenção para não tropeçar em um corpo no chão.

Logo em seguida um grupo se aglomerou e começou a puxar o homem que parecia morto. Foi quando constataram que era um estrangeiro, e que ainda estava vivo. "O homem respirava e seus olhos piscavam levemente", disse Al-Bakoush.

O vídeo mostra Stevens sendo carregado por uma janela por homens. Provavelmente pouco depois desse momento foi feita uma foto em que o embaixador é puxado por líbios.

"Traga ele para fora", alguém grita. "Saiam do caminho! Ele está vivo", outros alertam, seguidos pelos gritos de "Deus é grande".

O vídeos e os depoimentos das testemunhas coincidem com o relato do médico que tratou de Stevens naquela noite. Segundo ele, o embaixador chegou ao hospital de Benghazi agonizando.

Ahmed Shams, um estudante que também esteve no prédio, explicou que os gritos foram dados por descobrirem que o homem ainda estava vivo. "Ficamos felizes. Tentamos salvá-lo, mas não tinha segurança, ambulância, nada", disse.

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