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Dia mais sangrento de protestos tem 19 mortos no Paquistão Manifestações são reação a vídeo amador que satiriza o profeta Maomé; embaixada brasileira não funcionou Em Benghazi, na Líbia, um grupo invadiu a sede de milícia islamita ligada ao ataque ao consulado dos EUA DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASA morte de ao menos 19 no Paquistão fez do dia de ontem o mais sangrento desde o início de protestos no mundo muçulmano contra um vídeo contrário ao islã. A sexta-feira, dia de rezas para os islâmicos, costuma concentrar manifestações políticas. Desde a semana passada, o alvo é o filme "Inocência dos Muçulmanos", que satiriza o profeta Maomé. No Paquistão, o governo declarou o dia de ontem como feriado para "o amor pelo profeta", para encorajar atos pacíficos. Além das mortes, o país teve 160 feridos. Em Peshawar, a polícia atirou contra a multidão que tentava incendiar um cinema. Manifestantes munidos de pedras também entraram em conflito com autoridades nas cidades de Lahore, Karachi, a maior do país, e na capital, Islamabad. As autoridades bloquearam serviços de celular em 15 grandes centros urbanos, para evitar o acionamento remoto de bombas. Por precaução, a embaixada brasileira em Islamabad não funcionou. O Itamaraty afirma que o posto, onde trabalham dois diplomatas e cinco funcionários, volta a funcionar normalmente na próxima semana. PELO MUNDO Seguidores de grupos xiitas ainda tomaram as ruas de Basra, no Iraque, carregando bandeiras do país e pôsteres do líder supremo iraniano, o aiatolá Khamenei. No Egito, as autoridades religiosas clamaram por demonstrações não violentas. O governo tunisiano, islâmico, seguindo o exemplo da França, decidiu proibir qualquer tipo de manifestação. Bangladesh, Sri Lanka, Nigéria, Uganda e a região indiana da Caxemira também foram palco de atos. LÍBIA Benghazi viu ontem um novo desdobramento das revoltas. Centenas de pessoas invadiram o quartel-general da milícia Ansar al-Sharia, segundo a Reuters. A multidão gritava "Líbia, Líbia" e "Chega de Al Qaeda". O grupo foi ligado ao ataque ao consulado dos EUA no dia 11, que deixou quatro mortos, incluindo o embaixador. A milícia nega o envolvimento no episódio. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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