Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Cristina rebate críticas do FMI à Argentina

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

A presidente argentina, Cristina Kirchner, respondeu a críticas do FMI e ecoou as palavras de sua colega brasileira, Dilma Rousseff, sobre protecionismo comercial, ontem, em seu discurso na 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.

Cristina referiu-se às palavras de Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, que dissera que a Argentina já havia levado um "cartão amarelo" por divulgar dados contestados por meio do Indec (órgão equivalente ao IBGE que está sob intervenção do governo kirchnerista).

A diretora do FMI disse que o país corria o risco de agora ganhar o "cartão vermelho".

"Isto não é uma partida de futebol, isto é a crise econômica mais grave de que se tem memória desde a década de 30", disse Cristina.

A presidente argentina também defendeu as políticas de restrição às importações que vem implementando nos últimos meses.

Disse que reconhece que existe irritação de alguns países com relação às travas, mas pediu compreensão. "Há uma guerra comercial em distintos países a partir de políticas que se criticam por protecionistas, mas são políticas de defesa de nossos trabalhadores e empresas", resumiu.

REINO UNIDO

Como já é quase tradição, Cristina voltou a reivindicar um diálogo com o Reino Unido em relação às ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos). A presidente pediu que o país europeu aceite a determinação da ONU para que as duas nações conversem sobre a soberania do arquipélago, que hoje pertence ao governo britânico.

"Não se pode aceitar que aqueles que integram o Conselho de Segurança possam violar as disposições da ONU. Isso não contribui em nada com a paz, só gera uma sensação de injustiça e desigualdade entre as nações."

Por fim, referiu-se ao atentado da associação israelita Amia, ocorrido em Buenos Aires nos anos 90 e cuja responsabilidade foi atribuída pela Justiça argentina ao Irã.

Cristina pediu uma reunião bilateral com as autoridades iranianas para alcançar "soluções concretas" com relação ao caso.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.