Acusado de produzir filme que satiriza Maomé é preso nos EUA

O homem apontado como responsável pelo filme "A Inocência dos Muçulmanos", que provocou protestos violentos contra os EUA ao redor do mundo, foi preso por suspeita de ter violado sua liberdade condicional e era aguardado ontem numa corte federal em Los Angeles.

Nakoula Basseley Nakoula, 55, cristão copta de origem egípcia, foi preso em 2009 por fraude bancária e roubo de identidade. Desde junho de 2011, estava sob liberdade condicional e proibido de ter ou usar qualquer aparelho com acesso à internet.

A juíza Suzanne Segal argumentou que Nakoula "representa perigo à sociedade".

Nakoula, que morava no sul da Califórnia, nega que seja produtor do filme polêmico, que retrata o profeta Maomé como pedófilo e mulherengo, mas atores que participaram do trabalho o apontaram como responsável e abriram processos contra ele.

No começo do mês, Nakoula foi interrogado pela suposta violação da condicional. Enquanto isso, o filme se espalhou pela internet, principalmente pelo YouTube, gerando manifestações violentas em países muçulmanos, em especial Líbia e Egito.

No dia 11, quatro americanos, incluindo um embaixador americano, foram mortos no consulado dos EUA em Benghazi (Líbia).