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Análise

Divergência entre os 2 candidatos é a mais radical em quase 3 décadas

PETER BAKER
DO “NEW YORK TIMES”

Em algum lugar no meio da enxurrada confusa de dados, estatísticas e estudos jogada sobre o palco em Denver na noite de anteontem estava uma escolha filosófica fundamental para o futuro da América -possivelmente a escolha mais radical em quase três décadas.

De um lado, um presidente que, ao mesmo tempo em que reconheceu que o governo não é a solução para todos os problemas, argumentou que ele tem papel essencial na promoção do crescimento econômico e para garantir tratamento justo aos diversos segmentos da população.

Do outro, um candidato que, embora reconhecesse o valor básico do governo, disse que sua maior meta é não ser um obstáculo no caminho de um povo livre e permitir que o espírito empreendedor dos EUA atue livremente.

O debate teve pouco do discurso agressivo que vem caracterizando a campanha neste ano, mas transmitiu uma divisão em relação à política doméstica maior do que qualquer uma desde que o presidente Ronald Reagan e Walter Mondale se enfrentaram, em 1984.

Obama vem procurando o misto certo de políticas e mensagens para reduzir a antipatia em relação ao governo, à dívida e ao liberalismo. Romney, embora seja um mensageiro imperfeito da direita, fez uma revisão do pacto social que nem mesmo Reagan conseguiu realizar.

Em vista de seus históricos, é possível que os dois sejam mais moderados do que se mostraram. Mas o debate revelou poucas nuances ou pontos de concordância.

Tradução de CLARA ALLAIN

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