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Sindicalistas pedem saída de premiê português

Passos Coelho não viu os cartazes nem ouviu o coro dos insatisfeitos

Líder trabalhista anuncia greve geral para dia 14 e promete mais manifestações contra o governo

RODRIGO RUSSO
ENVIADO ESPECIAL A LISBOA

Um dia depois de o governo de Portugal anunciar um aumento de 30% no Imposto de Renda, manifestantes participaram de um protesto no fim da tarde de ontem, em frente à residência oficial do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

Convocada pela CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses), a manifestação entoou diversos coros críticos às medidas de austeridade implementadas no país e também ao atual governo.

"Passos, para de roubar e põe-te a andar", "é preciso, é urgente, correr com esta gente" e "governo de ladrões, ao serviço dos patrões" estavam entre os mais populares.

Diversos cartazes mostravam um personagem, com roupas típicas portuguesas, dando uma banana com os braços para "mais austeridade", "mais sacrifícios" e "mais troica [credores]".

Um jovem exibia os dizeres "tirem-me deste lugar". Uma grande faixa, rente à grade que confinava as pessoas, pedia "Passos/troica à rua!".

Passos Coelho, contudo, não viu os cartazes nem ouviu o coro dos insatisfeitos. Depois de enfrentar duas moções de censura em debates no Parlamento português, o premiê se deslocou para a Eslováquia, onde participa hoje de encontro com líderes europeus de 15 países.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, anunciou uma greve geral para o dia 14 de novembro e prometeu mais manifestações.

AJUDA À ESPANHA

O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, assegurou que o seu país não precisa de um pacote de ajuda. A declaração foi dada durante uma conferência na London School of Economics. O comentário foi recebido com risos pelo público.

O primeiro-ministro Mariano Rajoy também havia dito anteontem que o país não pedirá auxílio no curto prazo, apesar da pressão que vem recebendo por parte do mercado e de alguns outros membros da União Europeia.

A Espanha é a quarta economia da zona do euro.

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