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Brics voltam a falar em banco de desenvolvimento

Ministro Guido Mantega (Fazenda) criticou novamente os EUA pela "política monetária expansionista", que desvaloriza o dólar

FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO

Em reunião ontem, os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) avançaram nas negociações para a criação de um "pool" com as reservas internacionais do bloco e de um banco de desenvolvimento, informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Ambos os projetos, porém, ainda não têm data para sair do papel.

"Estamos avançando com um programa de pool de reservas, de pool financeiro entre nós no sentido de criarmos uma espécie de fundo que poderá colocar recursos nos países que necessitarem", disse Mantega, após encontro paralelo à reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird).

"Os países estão de acordo, estamos olhando para os detalhes. E o melhor momento para fazer é agora, quando nós, os Brics, não precisamos dessa sustentação", afirmou.

Outro projeto discutido foi o do banco de desenvolvimento Sul-Sul, também chamado de Brics, para o qual existe uma comissão técnica.

Mantega repetiu as críticas à política monetária americana baseada no "quantativite easing" (relaxamento monetário), que visa estimular o consumo com aumento da circulação de dólares.

"Política monetária expansionista é correta no momento de recessão. Porém, quando é exagerada, começa a criar efeitos colaterais, como a desvalorização do dólar."

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