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Eleições EUA

Candidatos tentam capitalizar atuação no segundo debate

Após o encontro, Obama e Romney lançam comerciais com seus destaques e tropeços do outro na discussão

Pesquisas apontam vitória do presidente, e republicanos acusam a moderadora de haver favorecido Obama

RAUL JUSTE LORES
DE NOVA YORK

O presidente americano Barack Obama voltou com força à disputa pela reeleição, depois de apresentar uma performance agressiva e até com ataques pessoais ao candidato republicano, Mitt Romney, no segundo debate entre os dois, na noite de anteontem.

Essa é a versão preponderante da mídia americana. Mesmo nos programas da rede conservadora Fox News, com cobertura pró-republicana, os apresentadores falaram de "empate".

Pesquisas realizadas pelas redes de TV CBS e CNN colocaram o desempenho de Obama 7 pontos acima de Romney (37 a 30% na primeira, 46 a 39% na segunda). O republicano não foi tão mal quanto Obama no primeiro debate, quando o presidente ficou quase 30 pontos abaixo, segundo espectadores ouvidos.

Novos anúncios eleitorais foram lançados ontem, aproveitando as deixas do debate. Os mais veiculados miravam as eleitoras indecisas, disputando o voto feminino.

Um vídeo republicano mostrava diversas mulheres que trabalhavam na gestão de Romney como governador de Massachusetts, mostrando como ele defendeu a paridade entre gêneros.

Já a campanha de Obama usou trechos do debate em que Romney falava da dificuldade de achar mulheres para seu governo. A narradora chama o republicano de "condescendente" com as mulheres.

Outras campanhas foram ao ar à tarde. Os republicanos usaram trechos das frases de Romney, dizendo que vai reduzir o deficit e criar mais empregos.

Os democratas usaram uma montagem com momentos em que Romney interrompia Obama, chamando-o de zangado e petulante.

Houve uma troca de papéis entre as campanhas. Como os democratas após o primeiro debate, agora foi a vez dos republicanos reclamarem da moderadora.

Candy Crowley foi acusada de deixar Obama falar mais do que o permitido e de endossar uma declaração dele -de que teria chamado de "ato de terrorismo" o ataque ao consulado americano em Benghazi, na Líbia.

Romney disse que Obama demorou duas semanas para chamar o atentado de "terrorismo". Crowley corrigiu Romney ao vivo. Os republicanos dizem que não era papel dela fazer isso e que Obama fez apenas uma referência genérica ao terrorismo ao falar do episódio.

Em comícios ontem, ambos fizeram referências ao debate. Romney acusou o presidente de ainda não ter um plano para um eventual segundo mandato.

Obama voltou a dizer que Romney muda de posição e não fala a verdade nos debates e ironizou sua performance pálida no primeiro encontro. "Ainda preciso melhorar nessa coisa de debate."

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