Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Argentina vai à ONU para liberar navio apreendido Fragata Liberdade está retida em Gana por fundo de investimentos Chanceler se encontra com Ban Ki-moon; marinheiros de diversos países, incluindo o Brasil, foram libertados SYLVIA COLOMBODE BUENOS AIRES O chanceler argentino Hector Timerman se encontrou ontem com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em Nova York, para tentar liberar a Fragata Liberdade. A embarcação-escola está retida desde o último dia 2 no porto de Tema, em Gana, devido a uma demanda de um fundo norte-americano de investimentos -que a Argentina classifica como "abutre"- pela compra de papéis podres para fins especulativos. O fundo reivindica de Buenos Aires o pagamento de US$ 370 milhões. A Justiça ganesa determinou que o NML Capital tem o direito de vender a fragata, de 50 anos, caso a Argentina não pague sua dívida. O NML acusa o país de não pagar bônus comprados durante a crise de 2000/2001. "Apelamos da decisão do juiz e vamos esgotar todos os recursos legais de Gana para liberar o navio. Depois, se for o caso, iremos aos tribunais internacionais", disse o chanceler Timerman. Transformada num escândalo na Argentina, a retenção do navio já levou à queda do chefe da Marinha. A Casa Rosada suspeitou de cumplicidade do alto comando da força no episódio. Ontem, os 289 marinheiros (de Brasil, Paraguai, Peru, África do Sul, Suriname, Venezuela, Uruguai e Chile) foram retirados da fragata por ordem da presidente Cristina Kirchner e tomaram um voo charter da Air France. Após o encontro com Timerman, Ban Ki-moon disse que iria interceder junto a Gana pela solução do conflito. Enquanto isso, a presença da fragata causa distúrbios no porto, além do custo de US$ 50 mil por dia para sua manutenção. "Está provocando problemas e ocupando um de nossos mais movimentados canais", disse Kumi Adjei-Sam, porta-voz do porto. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |