Fora do prazo, chavistas mudam local onde votarão

Seis candidatos a governador do chavismo que disputarão as eleições regionais da Venezuela de 16 de dezembro conseguiram mudar de domicílio eleitoral fora do prazo estabelecido pela lei.

A data máxima para mudar o local de votação foi 15 de abril, mas os candidatos apareceram inscritos para votar nos Estados para os quais foram apontados como candidatos por Hugo Chávez neste mês. Uma das candidatas era ministra da Presidência e outro, dirigente nacional do chavista PSUV.

A mudança é "uma decisão irregular da Comissão de Registro Eleitoral", escreveu no Twitter Vicente Díaz, parte do quinteto que forma a cúpula do CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Díaz é o único alinhado à oposição.

O partido opositor PJ (Primeiro Justiça), do candidato derrotado à Presidência, Henrique Capriles, pediu explicações ao CNE.

Na Venezuela, à diferença do Brasil, não é obrigatório que um candidato tenha domicílio eleitoral no Estado em que concorre.

Julio Borges, deputado do PJ, disse que os candidatos chavistas são "paraquedistas" e que pediram a mudança "para que não pegue tão mal [o fato de que] que nem sequer votam nos Estados onde são candidatos".