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União Europeia se divide sobre cotas de mulheres em empresas

Plano estabelece meta de 40% de mulheres em órgãos de direção

JAMES FONTANELLA-KHAN
DO “FINANCIAL TIMES”

Um plano controverso traçado em Bruxelas para forçar todas as empresas de capital aberto da União Europeia a ter 40% de mulheres em seus conselhos de direção foi rejeitado, depois de advogados concluírem que a imposição de tetos por gênero é ilegal sob os tratados que regem o bloco.

Viviane Reding, a comissária de Justiça da UE, desistiu da proposta que tinha defendido antes: um esquema que seria vigente em toda a Europa e daria às empresas europeias o prazo de até 2020 para chegar a uma cota mínima de mulheres em seus conselhos de direção, sob pena de sanções e multas.

A proposta tinha topado com oposição acirrada na Comissão Europeia, de 26 membros, mas o parecer do departamento jurídico evitou uma votação potencialmente divisiva sobre a questão.

Se tivesse ocorrido uma divisão, teria sido a primeira nos oito anos de José Manuel Barroso na presidência da CE.

Barroso encarregou Reding de reapresentar o plano em meados de novembro.

Pelas linhas gerais de um novo plano previsto, a cota de 40% será uma meta para as empresas, e não uma obrigação legalmente compulsória, revelou uma pessoa informada sobre as deliberações da comissão.

E Bruxelas não poderá impor sanções a empresas que não alcançarem a meta.

"Estamos lutando há cem anos", disse Reding. "Uma ou duas semanas a mais não farão diferença."

Ontem, o Parlamento Europeu, favorável às cotas, rejeitou a nomeação de um diretor nomeado por Luxemburgo para o Banco Central Europeu em protesto.

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