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Em dia de cessar-fogo, 47 são mortos na Síria

Explosão de dois carros-bomba e confrontos pelo país marcam 1º dia que seria de trégua

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Dois atentados com carros-bomba e confrontos entre rebeldes e forças do governo na Síria não permitiram que o cessar-fogo -aceito oficialmente por ambas as partes- durasse sequer um dia.

A trégua, proposta pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe ao país, Lakhdar Brahimi, teria início ontem, e duraria os quatro dias do feriado sagrado muçulmano de Eid al Adha -que relembra o sacrifício do profeta Abraão.

Mas logo pela manhã, um carro-bomba explodiu numa área residencial de Damasco, perto de um complexo da polícia, matando dez pessoas e ferindo 30, segundo a imprensa estatal.

Um outro ataque desse tipo foi registrado em Deraa, onde três soldados foram mortos, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com base em Londres.

Nas duas cidades, contudo, manifestantes aproveitaram a promessa de cessar-fogo para sair às ruas após as orações da sexta-feira.

Houve protestos contra o regime -os maiores em meses- em Kfarbatna e Douma, no subúrbio de Damasco. Segundo agências de notícias, era possível ouvir gritos de "Você vai cair, Bashar!" e "Que Deus amaldiçoe sua alma, Hafez [Assad, pai de Bashar]".

Ao menos três pessoas teriam ficado feridas em Deraa, de acordo com o Observatório, quando forças do regime tentavam dispersar a multidão. O grupo acusa o governo ainda ter usado atiradores no subúrbio da capital.

A porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, condenou a violação da trégua de ambos os lados, mas, especialmente, o uso de tanques e helicópteros. "Essas são armas que, obviamente, a oposição não tem."

Em Aleppo, confrontos próximos ao aeroporto mataram quatro. Foram ao menos 47 as mortes ontem em todo o país.

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