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Análise

Furacão é oportunidade e risco para presidente Obama

Para Obama, o furacão Sandy pode ser a grande chance de demonstrar competência em momentos de grande crise

PATRÍCIA CAMPOS MELLO
ENVIADA ESPECIAL AOS EUA

O furacão Sandy é mais um fator para embolar a reta final da campanha eleitoral americana.

Para o presidente Barack Obama, pode ser a grande chance de demonstrar sua competência em momentos de grande crise e parecer presidenciável. Se isso ocorrer, o Sandy dará um impulso à candidatura do democrata, que está virtualmente empatado com seu rival republicano, Mitt Romney.

Mas os efeitos do furacão podem reduzir o voto antecipado -uma das principais apostas de Obama- em vários Estados.

O democrata precisa ter seu momento "anti-Katrina". Ao contrário do ex-presidente George W. Bush, que demorou três dias para chegar a Nova Orleans após o furacão Katrina e elogiou o chefe da agência de administração de emergências (Fema), que cometeu uma série de erros monumentais, Obama poderia usar o Sandy para mostrar controle sobre a situação.

Ele já cancelou um evento de campanha que faria ontem com o ex-presidente Bill Clinton em Orlando e fez um pronunciamento na Casa Branca sobre o furacão.

Romney também cancelou seus eventos de campanha como forma de demonstrar "sensibilidade" àqueles que serão atingidos.

E os democratas já começaram a usar o Sandy para fins políticos.

Lembraram que Romney, em um debate no ano passado, levantou a possibilidade de o governo eliminar a Fema para cortar gastos e transferir as responsabilidades para os Estados.

Ontem, sua campanha disse que Romney não pretende eliminar a Fema.

A própria campanha de Obama admitiu que o furacão pode atingir a maior prioridade dos democratas -garantir o maior comparecimento possível nas urnas.

Os democratas estão em uma campanha intensa para que as pessoas votem antecipadamente, nos Estados onde isso é possível.

Com o furacão e a possível falta de luz e transporte nos próximos dias na Costa Leste, a estratégia de aumentar o voto antecipado, que vinha beneficiando Obama, fica comprometida.

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