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Ao menos 500 morrem na Síria durante 'cessar-fogo'

No último dos quatro dias de trégua frustrada, regime lança duro ataque aéreo

ONU e União Europeia lamentam fracasso do acordo; Damasco exige a condenação de ataques 'terroristas'

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

No dia em que deveria terminar o frustrado cessar-fogo entre regime e oposição, forças do governo lançaram ontem seu mais duro ataque aéreo sobre a capital síria.

Ao menos 72 pessoas morreram ontem em todo o país, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, de oposição. A organização calcula que foram 500 os mortos nos quatro dias do feriado muçulmano de Eid al Adha, que seriam de trégua.

Um ativista da oposição disse à Reuters que o ataque com aviões destruiu "mais de cem prédios" e transformou bairros inteiros em desertos.

A TV estatal síria culpou "grupos terroristas armados" pela quebra do cessar-fogo em Aleppo, Homs e Deir al Zor, bem como por detonar dois carros-bomba em Damasco. Ao menos 10 pessoas, entre mulheres e crianças, teriam morrido num dos atentados.

Em comunicado, o regime de Bashar Assad, exigiu que o Conselho de Segurança da ONU condene os últimos "atos de terrorismo" no país.

"Os autores, os protetores e os financiadores [dos atentados] querem destruir a Síria, dividi-la e acabar com a sua unidade territorial", disse a chancelaria síria na nota.

Em visita a Moscou, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, "lamentou profundamente" o não-cumprimento da trégua. "Esse apelo não foi ouvido no nível em que esperávamos, mas isso não vai nos desencorajar."

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também se disse "profundamente decepcionado" com as duas partes. A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, lamentou a quebra do cessar-fogo, mas disse ter esperanças numa futura trégua.

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