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Para egípcio, diferença de visões sobre lei islâmica gera conflito

ElBaradei é crítico da atual redação da Constituição do país, feita por religiosos

DE SÃO PAULO

Em visita ao Brasil, o diplomata egípcio e Nobel da Paz Mohamed ElBaradei disse ontem que o problema de implementar a sharia (lei islâmica) em um país como Egito são as várias interpretações que diferentes grupos dão a ela.

"Todo mundo concorda que todos podem viver sob os princípios básicos do islã, de justiça e tolerância, que não difere muito de outras religiões", disse ElBaradei. "Mas uma vez que você entra em diferentes interpretações, com uma variedade de visões, é que surgem os conflitos."

O diplomata tem sido um crítico do processo de transição no país e, especialmente, do modo como tem sido redigida a nova Constituição egípcia -por um grupo dominado por islamistas. Para ele, ter uma Constituição que represente todos os cidadãos é a principal luta do povo egípcio atualmente.

Ex-diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), ElBaradei continua defendendo o diálogo com Teerã sobre seu programa nuclear.

Para o egípcio, o Irã deve ser percebido pelo Ocidente como uma "potência" na sua região, onde tem bastante influência.

Segundo o Nobel da Paz, a questão do Irã, contudo, só avançará quando o regime persa e os EUA conseguirem sentar para resolver as diferenças entre os dois países.

ElBaradei participa hoje do ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, na Sala São Paulo, na Praça Júlio Prestes, 16, na Luz, às 20h30. Os passaportes já estão esgotados.

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