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Obama pressiona Rússia e China por mais sanções ao Irã

Presidente dos EUA fala em 'resposta comum' a programa nuclear iraniano; líderes russo e chinês mantêm silêncio

Com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, Pequim e Moscou são os maiores entraves a punições

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente americano, Barack Obama, inaugurou ontem sua campanha diplomática por mais sanções contra o programa nuclear do Irã.

Durante a cúpula do Apec (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), Obama conversou com o colega russo, Dmitri Medvedev, e com o dirigente chinês, Hu Jintao, a respeito de suas preocupações com o relatório divulgado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), na semana passada.

O documento da agência de energia atômica da ONU (Organização das Nações Unidas) aponta pela primeira vez indícios claros de que o programa nuclear do Irã incluiu atividades com propósitos militares e detalha testes e aquisição de material que indicam desenvolvimento de armas.

O esforço de Obama não demonstrou resultados. Em suas declarações, Medvedev apenas citou que o programa nuclear do Irã foi discutido. Já o chinês Hu nem sequer mencionou o país. China e Rússia rejeitam historicamente as sanções ao Irã, apoiadas pelos europeus.

DIÁLOGO

Nos dias seguintes à divulgação do relatório, ambos defenderam o diálogo como saída para o impasse sobre o objetivo do programa nuclear iraniano -militar, segundo os EUA e seus aliados, ou pacífico, segundo Teerã.

Ao lado de Medvedev, Obama falou em "intenção de trabalhar para desenhar uma resposta comum".

Pouco depois, o presidente americano se reuniu com Hu e disse que os dois querem garantir que o Irã obedeça "normas e regras internacionais". Tanto China quanto Rússia têm poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e podem, portanto, impedir uma quinta rodada de medidas punitivas ao Irã.

Apesar das declarações pouco assertivas de Obama, assessores da Casa Branca insistiram que Rússia e China estão unidas com os Estados Unidos no objetivo de prevenir que o Irã desenvolva armas nucleares e que os três concordaram em pensar nos próximos passos.

As recentes revelações sobre o programa nuclear iraniano também serão tema de debate hoje em uma reunião dos chanceleres da União Europeia, em Bruxelas.

Os ministros devem discutir apenas as impressões preliminares sobre o relatório da AIEA. Segundo diplomatas europeus, nenhum país quer agir antes de uma posição oficial do Conselho de Segurança sobre as novas sanções.

O Brasil, que é membro rotativo do Conselho, defende o uso do diálogo.

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