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Síria pede encontro de emergência com a Liga Árabe

País foi suspenso anteontem pelo grupo, devido à repressão violenta a grupos insurgentes; os EUA pressionam por mais sanções

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Síria pediu ontem que seja organizada uma reunião de emergência da Liga Árabe para reverter a decisão do grupo -que reúne 22 nações- de suspender Damasco como Estado membro.

Ao mesmo tempo, os EUA pressionavam a comunidade internacional para impor mais sanções à nação árabe.

A Liga Árabe suspendeu a Síria anteontem e afirmou que irá impor sanções ao país, que descumpriu o pacto de cessar a repressão violenta às manifestações pró-democracia no país.

Foi após a suspensão da Líbia como membro da Liga Árabe que a Otan (aliança militar ocidental) iniciou a intervenção que culminou com a captura e morte de Muammar Gaddafi, em outubro.

A ONU estima que já morreram 3.500 pessoas nos protestos sírios, iniciados em março. O governo culpa "terroristas" e diz que 1.100 soldados e policiais morreram.

Ontem, as autoridade do país mataram ao menos oito pessoas em um protesto contra o ditador, segundo ativistas locais. Houve, também, manifestações a favor da continuidade de Assad no poder.

França, Turquia, Qatar e Arábia Saudita afirmam que suas representações diplomáticas foram atacadas por forças a favor do regime.

A Embaixada da Turquia, em especial, foi alvejada por cerca de mil manifestantes na tarde de anteontem com pedras e garrafas. A polícia síria teve de interromper o ato.

O governo turco retirará seus diplomatas do país. A Turquia não é membro da Liga Árabe, mas aplaudiu a suspensão de Damasco.

Ministros do Exterior da União Europeia devem se reunir hoje para discutir as futuras sanções à Síria, incluindo a possibilidade de suspender linhas de crédito a projetos de Damasco.

OPOSIÇÃO

Rifaat Assad, tio do ditador, criou um novo movimento de oposição ao sobrinho, formado por seus partidários. Exilado na França, ele propõe uma aliança internacional para negociar a demissão de Assad e sua substituição por outro membro da família.

Rifaat é apontado fora da Síria por supostamente ter encabeçado o massacre de Hama, em 1982, quando 10 mil pessoas foram mortas pelo Exército. Ele sempre contestou o poder do sobrinho.

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