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ANÁLISE/CRISE EUROPEIA

Líderes têm três semanas para salvar zona do euro

Europa precisa ser mais arrojada para não agravar a crise da dívida

PAUL TAYLOR
DA REUTERS

Os líderes europeus têm menos de um mês para firmar outra grande barganha e salvar a zona do euro de um agravamento na crise da dívida de títulos soberanos.
Até a última cúpula da União Europeia do ano, em 9 de dezembro, a chanceler alemã, Angela Merkel, tem de unir sua coalizão em torno de decisões impopulares.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, deve agir para defender a nota AAA vacilante de seu país. Os novos líderes da Itália e da Grécia têm de impor reformas muito mais abrangentes, a despeito de rixas políticas e protestos sociais.

ATITUDES ARROJADAS
Um novo governo espanhol deve convencer os investidores de que tomará atitudes arrojadas para restaurar a competitividade.
E o BCE (Banco Central Europeu) talvez tenha de concluir que as maiores ameaças estão na recessão, no arrocho do crédito e mais no risco de deflação do que de inflação.
Para os analistas, o próximo mês reserva indícios sobre as chances de êxito dos líderes europeus.
O comando executivo da Comissão Europeia delineará propostas na próxima semana para uma governança econômica mais forte da zona do euro e publicará um documento de consulta sobre a polêmica proposta de títulos comuns da zona do euro.
Ministros da Fazenda europeus irão se reunir nos próximos dias 29 e 30 para tentar finalizar planos que alavanquem o fundo de socorro regional, a fim de atrair investidores estrangeiros a comprar títulos de dívidas da zona do euro.
Isso definirá a atmosfera de uma reunião crucial da direção do BCE em 8 de dezembro, que discutirá ações mais arrojadas para estabilizar o mercado de títulos da zona do euro.
O BCE tem rejeitado apelos por intervenção na Itália e na Espanha, apontando para a responsabilidade dos governos sobre os planos fiscais.
Mas analistas dizem que qualquer grande barganha envolverá ações mais ousadas do BCE, em troca de planos de austeridade e reformas mais incisivos por parte de Roma e Madri.

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