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Favorito na Espanha é vago ao falar sobre a crise
Atitude de Rajoy, que deve ser eleito no domingo, enerva os mercados
Com estreita margem de manobra no país, ele deve se concentrar em temas como aborto e fumo ao assumir poder
LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MADRI
Caso se torne premiê espanhol no domingo, como indicam as pesquisas, o conservador Mariano Rajoy promete retomar empregos e conter o deficit. Só não diz como.
Sem muita margem de manobra econômica em um país visto como a "bola da vez" dos mercados, Rajoy deve se focar em temas sociais.
Nas propostas anticrise, deve seguir a política econômica do atual premiê, José Luis Zapatero, que cortou gastos, mas não tirou o país da crise.
Ontem, o governo revisou sua previsão de crescimento em 2011 de 1,3% para 0,8%.
O prêmio de risco (diferença entre o retorno que o governo paga aos investidores por um título e o pago por similar alemão) subiu e chegou a 4,59 pontos percentuais.
Rajoy tem dito apenas que romperá a trajetória crescente do prêmio de risco e retomará o crescimento do país.
"Ele começou dizendo que ia ser mudança e o mercado aceitou isso bem. Mas não avançou nas propostas e ninguém sabe ao certo até agora o que ele vai fazer", disse o analista José Trujillo. A Espanha tem a maior taxa de desemprego da Europa (22,6%).
FUMO E ABORTO
As mudanças certas, no entanto, devem ocorrer em leis de caráter social recentemente criadas por Zapatero.
Rajoy já avisou que, se eleito, vai mexer em medidas como a possibilidade de jovens com 16 anos abortarem sem a permissão dos pais.
O conservador também quer retomar o fumo em alguns bares. Desde janeiro, a Espanha proibiu fumar em qualquer ambiente fechado.
O conservador propõe ainda tratamento mais severo aos imigrantes, limitando a concessão de vistos de residência e trabalho e impondo um exame de conhecimento histórico e cultural para quem pedir nacionalidade.
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