Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros

'Diplomacia não pode beneficiar interesse privado'

DE BUENOS AIRES

Um dos pontos mais sensíveis do novo perfil da diplomacia brasileira é evitar a defesa de interesses estritamente privados. "É uma questão delicada. Em alguns casos, a diplomacia pode beneficiar um setor ou determinado grupo de empresas", diz Virgílio Arraes, especialista em política externa da Universidade de Brasília.
Para ele, a forte atuação diplomática em interesses comerciais chega com "certo atraso" ao Brasil, já que outros países passaram por isso na década de 90, após a Guerra Fria.
"Mas está na hora de o país pensar em fazer algo que os EUA fizeram há 40 anos, quando separaram as questões comerciais do Departamento de Estado, que é responsável somente pela política", afirma.
No Itamaraty, há um caso recente considerado exemplar sobre como deve ser o novo perfil diplomático. No primeiro semestre, o governo atuou para que o Uruguai trocasse seu sistema de TV digital, passando do modelo europeu para o nipobrasileiro, o que acabou ocorrendo.
A implementação é feita por quatro empresas brasileiras de médio porte.

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.