São Paulo, segunda-feira, 01 de janeiro de 2007

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Fidel nega que enfrente "batalha perdida"

Em mensagem a cubanos, ditador comemora os 48 anos da revolução e diz ser "paciente disciplinado"

DA REDAÇÃO

O ditador cubano, Fidel Castro, rompeu o silêncio que mantinha desde o dia 28 de outubro, quando apareceu pela última vez em vídeo, com uma mensagem de fim de ano aos cubanos. No dia da comemoração do 48º aniversário da revolução liderada por ele, em 1959, Fidel disse que sua "recuperação está longe de ser uma batalha perdida".
"Agradeço a vocês pelo carinho e pelo apoio. Sobre minha recuperação, sempre adverti que seria um processo longo, mas está longe de ser uma batalha perdida. Colaboro como um paciente disciplinado com a equipe de médicos que me atende", disse, em nota distribuída à imprensa local na noite do último sábado.
O ditador cubano afirma ainda que, mesmo convalescendo da cirurgia a que foi submetido no final de julho, não deixou de se manter informado dos principais acontecimentos do país.
"Conversei com os companheiros mais próximos sempre que houve necessidade de cooperar com temas de vital importância", disse Fidel. Na ocasião da cirurgia, ele delegou o poder provisoriamente ao irmão Raúl.
Na mensagem, Fidel começa felicitando os cubanos pela revolução, comemorada hoje, e faz um breve balanço de 2006. Ele citou os programas da "revolução energética", o desenvolvimento econômico e social do país e citou a Cúpula dos Não-Alinhados, realizada na capital cubana entre os dias 11 e 16 de setembro.
Fidel destacou ainda a "serenidade e maturidade com que tem atuado o povo" e o trabalho do Partido Comunista, das organizações populares, das Forças Armadas (chefiadas por Raúl), do Ministério do Interior e da Assembléia Nacional.
"Desejo que 2007 constitua uma aurora de esperança para todo o nosso povo. Viva o 48º aniversário da Revolução!", conclui a carta.
Integrantes do PT próximos a Cuba disseram à Folha, em julho, que Fidel tem câncer. A mesma informação foi divulgada, depois, por outros jornais estrangeiros. Na semana passada, um médico espanhol chamado a assessorar o tratamento do dirigente cubano disse a jornalistas que ele não tem câncer e que deve se recuperar.


Com agências internacionais


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