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Fidel nega que enfrente "batalha perdida"
Em mensagem a cubanos, ditador comemora os 48 anos da revolução e diz ser "paciente disciplinado"
DA REDAÇÃO
O ditador cubano, Fidel Castro, rompeu o silêncio que
mantinha desde o dia 28 de outubro, quando apareceu pela
última vez em vídeo, com uma
mensagem de fim de ano aos
cubanos. No dia da comemoração do 48º aniversário da revolução liderada por ele, em 1959,
Fidel disse que sua "recuperação está longe de ser uma batalha perdida".
"Agradeço a vocês pelo carinho e pelo apoio. Sobre minha
recuperação, sempre adverti
que seria um processo longo,
mas está longe de ser uma batalha perdida. Colaboro como um
paciente disciplinado com a
equipe de médicos que me
atende", disse, em nota distribuída à imprensa local na noite
do último sábado.
O ditador cubano afirma ainda que, mesmo convalescendo
da cirurgia a que foi submetido
no final de julho, não deixou de
se manter informado dos principais acontecimentos do país.
"Conversei com os companheiros mais próximos sempre
que houve necessidade de cooperar com temas de vital importância", disse Fidel. Na ocasião da cirurgia, ele delegou o
poder provisoriamente ao irmão Raúl.
Na mensagem, Fidel começa
felicitando os cubanos pela revolução, comemorada hoje, e
faz um breve balanço de 2006.
Ele citou os programas da "revolução energética", o desenvolvimento econômico e social
do país e citou a Cúpula dos
Não-Alinhados, realizada na
capital cubana entre os dias 11 e
16 de setembro.
Fidel destacou ainda a "serenidade e maturidade com que
tem atuado o povo" e o trabalho
do Partido Comunista, das organizações populares, das Forças Armadas (chefiadas por
Raúl), do Ministério do Interior e da Assembléia Nacional.
"Desejo que 2007 constitua
uma aurora de esperança para
todo o nosso povo. Viva o 48º
aniversário da Revolução!",
conclui a carta.
Integrantes do PT próximos
a Cuba disseram à Folha, em
julho, que Fidel tem câncer. A
mesma informação foi divulgada, depois, por outros jornais
estrangeiros. Na semana passada, um médico espanhol chamado a assessorar o tratamento do dirigente cubano disse a
jornalistas que ele não tem
câncer e que deve se recuperar.
Com agências internacionais
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