DA ASSOCIATED PRESS

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, acenou para o diálogo com o Hamas ontem, indicando uma mudança de posição pela primeira vez desde que o grupo islâmico expulsou seu partido, o laico Fatah, da faixa de Gaza, em junho de 2007.
Não há jeito de nenhum partido aqui ser uma alternativa ao outro, e não há espaço para expressões como golpe ou imposição militar, mas apenas para diálogo, diálogo, diálogo", disse Abbas em discurso num ato público na Cisjordânia, em comemoração aos 43 anos do Fatah.
A tensão entre o Hamas e o Fatah aumentou depois que o primeiro venceu as eleições legislativas de janeiro de 2006 e assumiu a chefia do gabinete. Depois do conflito em Gaza, Abbas afastou o premiê do Hamas, Ismail Haniyeh, e formou um novo governo apenas na Cisjordânia, com apoio de Israel e dos Estados Unidos.
Ontem, o presidente palestino propôs "uma nova página" na relação entre os dois grupos, "um acordo com credibilidade baseado na parceria, na vida, na nossa pátria e na luta para liberá-la".
Até o fechamento desta edição, o Hamas não havia comentado o discurso. Na semana passada, Haniyeh propusera uma trégua com Israel, que exige que o grupo islâmico reconheça antes a existência do Estado judeu.
No Egito, continuam retidos os quase 2.000 palestinos de Gaza que voltavam de peregrinação a Meca. Uma mulher de 67 anos morreu de ataque cardíaco enquanto esperava a abertura da fronteira com o território.


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