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País não sabe quantos votaram no domingo
DA REDAÇÃO
O Iraque ainda não sabe quantos eleitores votaram no domingo. A Comissão Eleitoral Independente, espécie de Justiça Eleitoral, disse ao "New York Times"
que provavelmente só na sexta-feira terá uma cifra definitiva. O
"Financial Times" obteve a previsão de que isso ocorreria apenas
dentro de dez dias. O site em inglês do órgão na internet nada diz.
Segundo a Associated Press, integrantes da comissão estimavam
ontem que, entre os 14 milhões de
eleitores registrados, era possível
que tivessem votado mais de 57%
-número avançado anteontem.
Há dois motivos para as estimativas ainda vagas. O primeiro é
político. O governo local fortalece
a idéia de vida normalizada ao comemorar uma participação "bem
maior que a esperada".
O segundo motivo é logístico. O
Iraque é um país inseguro, com
infra-estrutura precária de comunicações e desprovido de computadores, de importação proibida
durante o embargo comercial.
Os únicos números confiáveis
são os de eleitores expatriados e
que votaram em 14 países. Entre
os inscritos, votaram 93,6%.
Com a falta de resultados, as
próprias estimativas oficiais são
objeto de contestação. Ontem, o
porta-voz das autoridades religiosas sunitas, xeque Omar Ragheb,
argumentou que o comparecimento foi bem menor que o divulgado pela mídia internacional.
Segundo ele, os jornalistas credenciados em Bagdá só tiveram
acesso a cinco seções eleitorais.
Parte dos sunitas não votou nas
regiões ocupadas pela comunidade. A taxa média de abstenção entre eles também é desconhecida.
Com agências internacionais
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