São Paulo, terça-feira, 01 de fevereiro de 2005

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País não sabe quantos votaram no domingo

DA REDAÇÃO

O Iraque ainda não sabe quantos eleitores votaram no domingo. A Comissão Eleitoral Independente, espécie de Justiça Eleitoral, disse ao "New York Times" que provavelmente só na sexta-feira terá uma cifra definitiva. O "Financial Times" obteve a previsão de que isso ocorreria apenas dentro de dez dias. O site em inglês do órgão na internet nada diz.
Segundo a Associated Press, integrantes da comissão estimavam ontem que, entre os 14 milhões de eleitores registrados, era possível que tivessem votado mais de 57% -número avançado anteontem.
Há dois motivos para as estimativas ainda vagas. O primeiro é político. O governo local fortalece a idéia de vida normalizada ao comemorar uma participação "bem maior que a esperada".
O segundo motivo é logístico. O Iraque é um país inseguro, com infra-estrutura precária de comunicações e desprovido de computadores, de importação proibida durante o embargo comercial.
Os únicos números confiáveis são os de eleitores expatriados e que votaram em 14 países. Entre os inscritos, votaram 93,6%.
Com a falta de resultados, as próprias estimativas oficiais são objeto de contestação. Ontem, o porta-voz das autoridades religiosas sunitas, xeque Omar Ragheb, argumentou que o comparecimento foi bem menor que o divulgado pela mídia internacional.
Segundo ele, os jornalistas credenciados em Bagdá só tiveram acesso a cinco seções eleitorais. Parte dos sunitas não votou nas regiões ocupadas pela comunidade. A taxa média de abstenção entre eles também é desconhecida.


Com agências internacionais


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