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Kissinger e Albright fazem críticas a plano
DE WASHINGTON
Dois ex-secretários de Estado reforçaram o coro de
ataques tanto ao plano do
presidente George W. Bush
de aumentar o número de
tropas norte-americanas no
Iraque quanto à escalada retórica da administração em
relação ao Irã.
Em depoimento ontem ao
Comitê de Relações Exteriores do Senado, Henry Kissinger e Madeleine Albright pediram que a estratégia para a
região vá além da elevação de
contingente e contemple
conversas com todos os países, incluindo Irã e Síria, com
os quais a Casa Branca se recusa a negociar.
"Acho que o foco tem sido
na escalada", disse Kissinger,
que foi secretário entre 1973
e 1977, durante os governos
de Richard Nixon e Gerald
Ford. "Meu foco é o oposto:
explicar a escalada em termos de estratégia do melhor
caminho a seguir." Isso tem
de ser feito, acredita ele, "no
contexto de uma vontade de
negociar com o Irã, por conta
do poder [daquele país]".
Opinião similar apresentou Albright, secretária de
Bill Clinton entre 1997 e
2001. "Precisamos de uma
escalada na diplomacia", ironizou, após afirmar que
apoiaria a proposta de Bush
se esta "estivesse conectada
a uma missão clara e realizável e se fosse garantido que
nossas tropas tivessem o melhor treinamento."
Visões semelhantes foram
apresentadas pela comissão
bipartidária Grupo de Estudos do Iraque, em dezembro,
e, embora educadamente
descartadas pela Casa Branca, dominam cada vez mais
os membros do comitê, que
apresentou uma moção de
repúdio ao plano de Bush na
semana passada.
O próprio Senado está em
busca de uma proposta que
contenha termos aceitos
tanto por democratas quanto por republicanos. Há pelo
menos cinco sendo discutidas. A uni-las, um sentimento de que o presidente segue
o plano equivocado.
Na terça, Barack Obama,
um dos principais presidenciáveis da oposição, apresentou a sua, que prevê a retirada total das tropas americanas do Iraque no dia 31 de
março de 2008.
(SD)
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