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São Paulo, sábado, 01 de março de 2003

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EUROPA

Premiê renova coalizão desfeita no ano passado

Partido de Haider, de extrema direita, volta ao governo na Áustria

DA REUTERS

O chanceler austríaco (premiê), Wolfgang Schüssel (conservador), encerrou três meses de incerteza política ao fechar um acordo com o Partido da Liberdade (extrema direita), reavivando a coalizão que governou a Áustria de 2000 até o ano passado.
O partido de Schüssel (Popular) venceu as eleições parlamentares de 24 de novembro, com 42% dos votos. Desde então, tentou negociar uma coalizão com os Verdes e os social-democratas, mas, diante do fracasso, fechou com o Partido da Liberdade, cuja maior liderança é o polêmico político de extrema direita Jörg Haider (governador da Caríntia).
Em 2000, a entrada do partido de Haider no governo teve repercussão na União Européia, porque foi a primeira vez que uma agremiação de extrema direita chegou ao poder num país do bloco. A UE chegou a impor sanções à Áustria, mas voltou atrás.
O governo austríaco caiu no ano passado devido a conflitos entre Haider e a então presidente de seu partido. Haider dirigiu o Partido da Liberdade por 15 anos, mas deixou o posto em 2000 como parte do acerto para que fizesse parte da coalizão. Haider já deu declarações anti-semitas, chegando a elogiar Adolph Hitler, e xenófobas. E visitou o ditador iraquiano, Saddam Hussein.
Em 2000, quando a extrema direita entrou no poder, dezenas de milhares de austríacos protestaram em Viena. Ontem, apenas 200 se manifestaram. Ao anunciar o novo governo, Schüssel tentou acalmar seus colegas europeus. Segundo ele, a expansão da UE "é uma chance histórica que a Áustria pode e deve apoiar".


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