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EUROPA
Premiê renova coalizão desfeita no ano passado
Partido de Haider, de extrema direita, volta ao governo na Áustria
DA REUTERS
O chanceler austríaco (premiê),
Wolfgang Schüssel (conservador), encerrou três meses de incerteza política ao fechar um acordo com o Partido da Liberdade (extrema direita), reavivando a
coalizão que governou a Áustria
de 2000 até o ano passado.
O partido de Schüssel (Popular)
venceu as eleições parlamentares
de 24 de novembro, com 42% dos
votos. Desde então, tentou negociar uma coalizão com os Verdes
e os social-democratas, mas,
diante do fracasso, fechou com o
Partido da Liberdade, cuja maior
liderança é o polêmico político de
extrema direita Jörg Haider (governador da Caríntia).
Em 2000, a entrada do partido
de Haider no governo teve repercussão na União Européia, porque foi a primeira vez que uma agremiação de extrema direita
chegou ao poder num país do bloco. A UE chegou a impor sanções
à Áustria, mas voltou atrás.
O governo austríaco caiu no
ano passado devido a conflitos
entre Haider e a então presidente
de seu partido. Haider dirigiu o
Partido da Liberdade por 15 anos,
mas deixou o posto em 2000 como parte do acerto para que fizesse parte da coalizão. Haider já deu
declarações anti-semitas, chegando a elogiar Adolph Hitler, e xenófobas. E visitou o ditador iraquiano, Saddam Hussein.
Em 2000, quando a extrema direita entrou no poder, dezenas de
milhares de austríacos protestaram em Viena. Ontem, apenas
200 se manifestaram. Ao anunciar
o novo governo, Schüssel tentou
acalmar seus colegas europeus.
Segundo ele, a expansão da UE "é
uma chance histórica que a Áustria pode e deve apoiar".
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