São Paulo, quinta-feira, 01 de abril de 2004

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TVs dos EUA não mostram "cenas horríveis"

DE NOVA YORK

O secretário de imprensa da Casa Branca pediu, e as principais redes de TV americanas atenderam. "Esperamos que todos ajam de maneira responsável", disse Scott McClellan, referindo-se às imagens dos civis americanos assassinados, despedaçados e arrastados pelas ruas de Fallujah -destaque nos telejornais à noite.
Alegando "responsabilidade", a CBS desfocou as imagens dos corpos, "protegendo" o público de "cenas horríveis". "Não são imagens para crianças", disse o Dan Rather.
Horríveis e, aparentemente, incompreensíveis. Na ABC, um soldado americano comentava, direto do Iraque, o evento: "Não entendo. Estamos aqui para ajudar essas pessoas".
Na CNN, o apresentador Wolf Blitzer disse que as cenas eram fortes demais, e não seriam mostradas.
Lá, como na conservadora Fox News, uma imagem semelhante, em que soldados americanos mortos eram arrastados por outros miseráveis do Terceiro Mundo -na Somália, em 1993-, foi mencionada.
O impacto da cena influenciou a opinião pública americana e levou ao desfecho apressado daquela outra missão, que tinha sido iniciada com o aval da ONU.


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