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TVs dos EUA não mostram "cenas horríveis"
DE NOVA YORK
O secretário de imprensa
da Casa Branca pediu, e as
principais redes de TV americanas atenderam. "Esperamos que todos ajam de maneira responsável", disse
Scott McClellan, referindo-se às imagens dos civis americanos assassinados, despedaçados e arrastados pelas
ruas de Fallujah -destaque
nos telejornais à noite.
Alegando "responsabilidade", a CBS desfocou as
imagens dos corpos, "protegendo" o público de "cenas
horríveis". "Não são imagens para crianças", disse o
Dan Rather.
Horríveis e, aparentemente, incompreensíveis. Na
ABC, um soldado americano comentava, direto do Iraque, o evento: "Não entendo. Estamos aqui para ajudar essas pessoas".
Na CNN, o apresentador
Wolf Blitzer disse que as cenas eram fortes demais, e
não seriam mostradas.
Lá, como na conservadora
Fox News, uma imagem semelhante, em que soldados
americanos mortos eram arrastados por outros miseráveis do Terceiro Mundo
-na Somália, em 1993-,
foi mencionada.
O impacto da cena influenciou a opinião pública
americana e levou ao desfecho apressado daquela outra
missão, que tinha sido iniciada com o aval da ONU.
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