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"EIXO DO MAL"
Rice diz que Washington e seus aliados esperam rapidez do Conselho de Segurança; Teerã mantém tom desafiador
EUA já falam em ignorar ONU sobre Irã
DA REDAÇÃO
A secretária de Estado dos EUA,
Condoleezza Rice, advertiu ontem que pode atuar fora do Conselho de Segurança da ONU para
pressionar o Irã a interromper seu
programa nuclear.
Rice disse que ainda há uma série de passos diplomáticos a serem tomados pelos EUA no Conselho de Segurança. Mas, se o conselho não for veloz, Washington e
seus aliados não irão esperar.
"Eu acredito absolutamente que
temos algumas flechas diplomáticas em nossa aljava no Conselho
de Segurança e também países alinhados que são capazes de buscar
medidas adicionais se o Conselho
de Segurança não se mover rápido o bastante", disse Rice à TV
americana CBS.
Rice acusou o Irã de "fazer jogo"
com a comunidade internacional,
dizendo que Teerã teve muito
tempo para cumprir as exigências
anteriores e interromper seu programa nuclear.
O governo dos EUA alega que o
Irã está trabalhando para desenvolver armas nucleares, mas Teerã diz que seu programa é puramente voltado às suas necessidades energéticas civis.
Os EUA, o Reino Unido e a
França querem conseguir a aprovação de uma nova resolução no
Conselho de Segurança que exija
que o Irã abandone o enriquecimento de urânio. A expectativa é
que o texto da resolução seja discutido já nesta semana.
A Agência Internacional de
Energia Atômica relatou, na semana passada, que Teerã desafiou um ultimato do Conselho de
Segurança nesse sentido.
Desafio
A nova resolução invocaria o
Capítulo 7 da Carta da ONU, que
torna o seu cumprimento obrigatório, sob pena de receber sanções. De qualquer modo, os EUA
ainda precisam superar a ameaça
de veto de Rússia e China para
aprovar tal resolução.
Ontem, o Irã voltou a se colocar
de modo desafiador, prometendo
ignorar qualquer resolução e contra-atacar se for alvo de uma ação
militar. "O Irã não vai implementar nenhuma resolução forçada",
disse Ali Larijani, o negociador-chefe do programa nuclear iraniano. "O plano iraniano é pesquisar
e desenvolver todo o ciclo nuclear", acrescentou Larijani, sublinhando a determinação do Irã de
continuar a produzir combustível
nuclear em desrespeito aos pedidos da ONU para que pare.
Mais cedo, o porta-voz da
Chancelaria iraniana, Hamid Reza Asefi, sugerira que havia espaço para considerar a proposta de
mover o trabalho de enriquecimento de urânio para a Rússia.
Também ontem, o vice-ministro do Petróleo iraniano, M.H.
Nejad Hosseinian, disse que a
ONU não vai impor sanções ao
Irã porque isso causaria uma alta
no preço do petróleo.
No Paquistão, o chanceler Kursheed Kasuri, disse que qualquer
ação militar contra o Irã seria um
revés para os muçulmanos moderados. "O ataque ao Irã seria considerado um ataque a outro país
muçulmano, o que não seria do
interesse da paz internacional e
do mundo ocidental", afirmou.
Com agências internacionais
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