São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2008

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Segunda opção deverá definir o vencedor

DE LONDRES

O que deve definir a eleição londrina de hoje são as segundas opções dos eleitores, numa espécie de "segundo turno instantâneo" do sistema eleitoral local.
Pela lei, os eleitores podem escolher dois candidatos na hora de votar, por ordem de preferência. Se ninguém conseguir mais de 50% dos votos, os dois mais votados continuam na disputa, e os outros todos são eliminados. Então, a segunda opção dos eleitores dos candidatos derrotados passa a valer como a primeira, e esses votos são somados no total geral, o que define o vencedor.
Quem deve selar o desfecho da eleição de hoje não são nem os eleitores de Ken Livingstone (trabalhista) nem os de Boris Johnson (conservador), mas os apoiadores do terceiro colocado nas pesquisas, Brian Padick, do Partido Liberal Democrata, que aparece com pouco mais de 10% dos votos.
A importância da segunda opção é tanta que ontem tanto Livingstone quanto Johnson focaram o último dia de campanha nesses eleitores.
O Reino Unido tem um sistema eleitoral peculiar, em que as eleições locais não acontecem simultaneamente em todas as cidades nem têm regras unificadas.
Londres é uma das poucas cidades do país em que o prefeito é eleito pelo voto direto. O privilégio não tem a ver com o tamanho da cidade, mas com a escolha dos moradores. No início do governo de Tony Blair (1997-2007), uma mudança na lei eleitoral permitiu às cidades decidirem que sistema preferiam.
A maioria continua com o voto indireto, em que são eleitos vereadores, que decidem quem vai comandar a cidade. Há eleições todos os anos no Reino Unido, mas o voto não é obrigatório. (PDL)


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