|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
saiba mais
Segunda opção deverá definir o vencedor
DE LONDRES
O que deve definir a eleição londrina de hoje são as
segundas opções dos eleitores, numa espécie de "segundo turno instantâneo" do sistema eleitoral local.
Pela lei, os eleitores podem
escolher dois candidatos na
hora de votar, por ordem de
preferência. Se ninguém
conseguir mais de 50% dos
votos, os dois mais votados
continuam na disputa, e os
outros todos são eliminados.
Então, a segunda opção dos
eleitores dos candidatos derrotados passa a valer como a
primeira, e esses votos são
somados no total geral, o que
define o vencedor.
Quem deve selar o desfecho da eleição de hoje não
são nem os eleitores de Ken
Livingstone (trabalhista)
nem os de Boris Johnson
(conservador), mas os apoiadores do terceiro colocado
nas pesquisas, Brian Padick,
do Partido Liberal Democrata, que aparece com pouco
mais de 10% dos votos.
A importância da segunda
opção é tanta que ontem tanto Livingstone quanto Johnson focaram o último dia de
campanha nesses eleitores.
O Reino Unido tem um sistema eleitoral peculiar, em
que as eleições locais não
acontecem simultaneamente em todas as cidades nem
têm regras unificadas.
Londres é uma das poucas
cidades do país em que o prefeito é eleito pelo voto direto.
O privilégio não tem a ver
com o tamanho da cidade,
mas com a escolha dos moradores. No início do governo
de Tony Blair (1997-2007),
uma mudança na lei eleitoral
permitiu às cidades decidirem que sistema preferiam.
A maioria continua com o
voto indireto, em que são
eleitos vereadores, que decidem quem vai comandar a cidade. Há eleições todos os
anos no Reino Unido, mas o
voto não é obrigatório.
(PDL)
Texto Anterior: Londres elege prefeito hoje em teste para Brown Próximo Texto: Língua ferina aproxima rivais de campos políticos opostos Índice
|