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Insulza espera acordo entre presidentes
CLAUDIA ANTUNES
ENVIADA ESPECIAL A SAN PEDRO
SULA (HONDURAS)
O secretário-geral da OEA
(Organização dos Estados
Americanos), José Miguel
Insulza, jogou para hoje, na
posse do novo presidente de
El Salvador, Mauricio Funes,
a possibilidade de que os presidentes latino-americanos
cheguem a um acordo sobre
o tema cubano que evite a
polarização com os EUA na
Assembleia Geral da entidade, que começa amanhã.
Vários presidentes da região, incluindo Luiz Inácio
Lula da Silva e o venezuelano
Hugo Chávez, vão à posse.
As esperanças de Insulza
estão depositadas no efeito
moderador que dirigentes
como Lula e a chilena Michelle Bachelet possam ter sobre
os chavistas -que vêm defendendo não apenas a revogação da decisão que suspendeu Cuba em 1962 como que
as portas da OEA, que aprovou em 2001 uma Carta Democrática, sejam abertas
sem precondições para a ilha
comunista.
"Sou um otimista impenitente e temos tempo. Amanhã [hoje] os presidentes vão
conversar sobre isso", disse
Insulza em entrevista coletiva em San Pedro Sula, cidade
que abrigará a assembleia.
Ele não quis especular sobre
a chance de que, abandonando tradição de consenso, diferentes resoluções sobre
Cuba sejam votadas pelo plenário dos 34 países.
O encontro é de ministros
das Relações Exteriores, mas
presidentes como Daniel Ortega (Nicarágua) e Fernando
Lugo (Paraguai) anunciaram
que comparecerão, vindos da
posse de Funes.
Chávez também falou em
vir. Ontem, a manchete do
principal jornal hondurenho, "La Prensa", era "Chávez ameaça a OEA", a partir
de afirmação de que ou a entidade "se subordina à vontade dos governos que a formam" ou "é preciso sair da
OEA e criar uma organização
de Estados soberanos".
Insulza comentou indiretamente: "Para praticar a solidaridade [espécie de mote
chavista], é preciso discutir
tudo, e não só aquilo sobre o
que estamos de acordo".
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