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BÓSNIA
Pena é a mais severa da corte para a ex-Iugoslávia
Tribunal da ONU condena à prisão perpétua ex-prefeito sérvio-bósnio
DA REDAÇÃO
Um ex-prefeito sérvio-bósnio
recebeu ontem a primeira sentença de prisão perpétua do tribunal
da ONU para crimes na ex-Iugoslávia, por participação no extermínio, na expulsão e na detenção
em massa de pessoas que não
eram sérvias, em 1992, na Bósnia.
Milomir Stakic era prefeito de
Prijedor, no noroeste do país, na
Guerra da Bósnia (1992-1995). Ele
foi declarado culpado pelos crimes de extermínio, assassinato e
perseguição, mas não foi considerado responsável por genocídio.
No conflito bósnio, Stakic foi
um líder importante para os planos dos sérvios da Bósnia de expulsar muçulmanos e croatas da
região de Prijedor e de organizar
campos de detenção, nos quais
eles eram mortos ou torturados.
Mais de 1.500 pessoas foram
mortas e 20 mil expulsas por forças sérvio-bósnias que dizimaram
cidades e vilas na região de Prijedor em ações contra a independência da Bósnia. Os juízes disseram que o ex-prefeito, que é médico, autorizou a criação dos campos de Omarska, Keraterm e
Trnopolje, que viraram sinônimo
das atrocidades da limpeza étnica.
A sentença foi a mais severa imposta pelo tribunal da ONU para a
ex-Iugoslávia, criado há cerca de
uma década para julgar acusados
de crimes durante a decomposição iugoslava no início dos anos
90. O médico poderá obter a libertação por bom comportamento
após cumprir 20 anos de prisão.
A pena mais grave definida até
então havia sido para o ex-comandante sérvio-bósnio Radislav
Krstic, que foi condenado a 46
anos de prisão em 2001 por causa
do massacre de Srebrenica, em
1995. Cerca de 250 mil pessoas foram mortas na Guerra da Bósnia.
Com agências internacionais
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