|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CRISE
Para os EUA, reunião pode ser em setembro, na China
Coréia do Norte diz que aceita debate multilateral sobre questão nuclear
DA REDAÇÃO
A Coréia do Norte aceitou a realização de uma negociação multilateral para resolver o impasse sobre seu programa nuclear, que incluiria seis países, anunciou ontem a Chancelaria russa. Os EUA
disseram que as negociações poderão acontecer em setembro em
Pequim (China).
Até agora, a Coréia do Norte vinha rejeitando a proposta americana de conversações multilaterais e insistia na realização de uma
negociação bilateral com os EUA.
A Coréia do Norte foi incluída
no ano passado pelo presidente
George W. Bush, ao lado de Irã e
Iraque, no "eixo do mal", de países que estariam desenvolvendo
armamentos de destruição em
massa e que manteriam colaboração com terroristas.
A Chancelaria russa disse que o
embaixador norte-coreano em
Moscou propôs a negociação
multilateral em um encontro com
o chanceler Yuri Fedotov. A
Chancelaria não disse quais seriam os países envolvidos, mas,
aparentemente, seriam as Coréias
do Norte e do Sul, a China, o Japão, os EUA e a Rússia.
Em abril, foram realizadas em
Pequim negociações iniciais, inconclusivas, nas quais a Coréia do
Norte disse aos EUA que já possuía armas nucleares e que buscava aumentar seu arsenal.
Em Washington, Richard Boucher, porta-voz do Departamento
de Estado, disse acreditar que a
proposta de Pyongyang seja sincera. "Estamos bastante otimistas
de que os norte-coreanos estão
aceitando a proposta do presidente [Bush] para negociações
multilaterais", disse. "Eu diria que
as notícias que chegam de Moscou são consistentes com a conversação que o presidente [chinês] Hu Jintao e o presidente
Bush tiveram ontem", afirmou.
Tensões
As tensões entre os EUA e a Coréia do Norte vêm aumentando
desde o ano passado, quando
Washington acusou Pyongyang
de possuir um programa nuclear
clandestino e suspendeu o fornecimento de combustível ao país.
A Coréia do Norte reagiu reabrindo seu reator nuclear, sob o
argumento de que necessitava
produzir energia. Expulsou os
inspetores nucleares da ONU do
país e abandonou o Tratado de
Não-Proliferação Nuclear.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Lei dificulta casamento entre israelense e palestino Próximo Texto: Bósnia: Tribunal da ONU condena à prisão perpétua ex-prefeito sérvio-bósnio Índice
|