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São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003

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CRISE

Para os EUA, reunião pode ser em setembro, na China

Coréia do Norte diz que aceita debate multilateral sobre questão nuclear

DA REDAÇÃO

A Coréia do Norte aceitou a realização de uma negociação multilateral para resolver o impasse sobre seu programa nuclear, que incluiria seis países, anunciou ontem a Chancelaria russa. Os EUA disseram que as negociações poderão acontecer em setembro em Pequim (China).
Até agora, a Coréia do Norte vinha rejeitando a proposta americana de conversações multilaterais e insistia na realização de uma negociação bilateral com os EUA.
A Coréia do Norte foi incluída no ano passado pelo presidente George W. Bush, ao lado de Irã e Iraque, no "eixo do mal", de países que estariam desenvolvendo armamentos de destruição em massa e que manteriam colaboração com terroristas.
A Chancelaria russa disse que o embaixador norte-coreano em Moscou propôs a negociação multilateral em um encontro com o chanceler Yuri Fedotov. A Chancelaria não disse quais seriam os países envolvidos, mas, aparentemente, seriam as Coréias do Norte e do Sul, a China, o Japão, os EUA e a Rússia.
Em abril, foram realizadas em Pequim negociações iniciais, inconclusivas, nas quais a Coréia do Norte disse aos EUA que já possuía armas nucleares e que buscava aumentar seu arsenal.
Em Washington, Richard Boucher, porta-voz do Departamento de Estado, disse acreditar que a proposta de Pyongyang seja sincera. "Estamos bastante otimistas de que os norte-coreanos estão aceitando a proposta do presidente [Bush] para negociações multilaterais", disse. "Eu diria que as notícias que chegam de Moscou são consistentes com a conversação que o presidente [chinês] Hu Jintao e o presidente Bush tiveram ontem", afirmou.

Tensões
As tensões entre os EUA e a Coréia do Norte vêm aumentando desde o ano passado, quando Washington acusou Pyongyang de possuir um programa nuclear clandestino e suspendeu o fornecimento de combustível ao país.
A Coréia do Norte reagiu reabrindo seu reator nuclear, sob o argumento de que necessitava produzir energia. Expulsou os inspetores nucleares da ONU do país e abandonou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.


Com agências internacionais

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