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IRAQUE OCUPADO
Aceleração da transição de poder reduziria tensões; 2 soldados morrem em ataques, e outro, em acidente
EUA vêem eleição em 2004 e perdem mais 3
DA REDAÇÃO
O Iraque pode ter um governo
democrático eleito em meados de
2004, disse ontem em Bagdá o diplomata americano Paul Bremer,
chefe da Autoridade Provisória da
Coalizão (APC), no dia em que as
forças dos EUA perderam mais
dois soldados em ações hostis e
outro em acidente.
Para Bremer, os iraquianos devem votar pela promulgação de
uma nova Constituição, escrita
por uma Assembléia a ser convocada nos próximos meses, e depois ir às urnas em eleições gerais.
Atualmente, o Iraque é governado pela APC, entidade sob o
controle dos EUA e do Reino Unido (líderes da invasão em março).
Para amenizar as críticas de que
os iraquianos não estavam participando do governo e acelerar o
processo de transferência de poder -única solução vista por
analistas para amenizar as tensões
contra a ocupação no país-, a
APC nomeou, no último dia 13, o
Conselho de Governo Iraquiano.
Mas o conselho sofre com dois
inconvenientes. O primeiro é que
seu poder é limitado - ainda que
possa nomear e demitir ministros
e deva aconselhar a APC, o poder
decisório se restringe a Bremer. O
segundo é que, dada a multiplicidade de facções religiosas, políticas e étnicas que representa, seus
25 membros têm encontrado dificuldade em obter decisões consensuais. Para eleger seu presidente, o grupo levou duas semanas e acabou optando por uma
presidência rotativa a ser ocupada
por nove de seus integrantes, cada
um por um mandato de um mês.
Mas Bremer não mencionou o
atraso nas decisões do conselho.
"Com certeza não é irreal pensar
que poderíamos ter eleições no
meio de 2004. E quando um governo soberano for empossado, a
APC cederá a autoridade a esse
governo e o meu trabalho chegará
ao fim", disse, antecipando sua
previsão anterior, de que as eleições ocorressem no fim de 2004.
A expectativa é acabar com as
dúvidas sobre a legitimidade do
governo iraquiano. Países procurados pelos EUA para cooperarem militarmente com a manutenção da paz no Iraque condicionaram sua ajuda a uma nova resolução da ONU.
Bremer disse ainda que a reconstrução do Iraque poderia
custar entre US$ 50 bilhões e US$
100 bilhões nos próximos anos.
Baixas
Enquanto tentam acelerar a
transição do poder para os iraquianos, os americanos continuam a sofrer ataques constantes
por parte da resistência.
Um soldado morreu ontem em
um ataque com granada-foguete
no centro de Bagdá. Outro morreu em uma estrada para o aeroporto da capital quando uma mina que ele tentava retirar explodiu. Numa base a noroeste da capital, um soldado da 4ª Divisão de
Infantaria foi morto a tiros por
agressores não-identificados.
O número de americanos mortos na guerra atinge 247. Em ações
hostis, 166 foram mortos, 19 a
mais do que na Guerra do Golfo.
Dessas baixas, 52 ocorreram no
pós-guerra. Outros 81 morreram
em acidentes (59 no pós-guerra).
Com agências internacionais
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