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Jordânia concede asilo para duas filhas de Saddam
DA REDAÇÃO
A Jordânia concedeu asilo a
duas das três filhas do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, alegando razões humanitárias, após elas desembarcarem no país vindas de Bagdá. O
rei Abdullah emitiu uma ordem ontem para que Raghd,
36, e Rana, 34, fossem acolhidas pelo país, disse o ministro
da Informação, Nabil al Sharif.
"Elas chegaram nesta noite e
são convidadas de Sua Majestade por razões puramente humanitárias", disse Sharif, afirmando que as duas estavam
com seus nove filhos. "Não sei
se elas pretendem ir para outro
destino", disse.
Raghd e Rana são viúvas dos
irmãos Hussein e Saddam Kamel, mortos a mando de Saddam Hussein em 1996, quando
retornaram ao Iraque após terem fugido para a Jordânia e
denunciado o regime de Saddam. Hussein Kamel chefiou o
programa de mísseis e armamento nuclear, biológico e químico iraquiano por dez anos.
Desde o fim da guerra, Raghd
e Rana viviam escondidas junto com a mãe, Sajida, sob proteção de líderes tribais. Elas teriam pedido asilo ao Reino
Unido e aos Emirados Árabes
Unidos, sem sucesso.
A filha mais nova de Saddam,
Hala, continua vivendo no Iraque. Seu marido, o general Jamal Mustafa Tikriti, está preso.
Uday e Qusay
Os filhos mais velhos de Saddam, Uday e Qusay, foram
mortos pelas forças dos EUA
em Mossul (norte) no último
dia 22, após um iraquiano informar seu paradeiro. Moradores da região em que os dois se
escondiam disseram que o anfitrião dos irmãos os delatou.
Ontem, o secretário americano de Estado, Colin Powell,
anunciou a liberação do pagamento de US$ 30 milhões em
recompensa para o informante, conforme os EUA haviam
prometido. A expectativa é que
mais iraquianos sintam-se estimulados a dar informações levando a Saddam, pelo qual é
oferecida recompensa de US$
25 milhões. O ex-ditador está
desaparecido desde abril.
A Autoridade Provisória da
Coalizão também informou
que está providenciando o funeral de Uday e Qusay, cujos
procedimentos tem estudado
junto a líderes religiosos, tribais
e membros do Conselho de
Governo Iraquiano.
Embora os muçulmanos
acreditem que os mortos devam ser enterrados o mais rápido possível, a APC afirmou que
esperaria até que familiares reclamassem os corpos. Segundo
a administração americana, várias pessoas dentro e fora do
Iraque requisitaram os corpos.
Com agências internacionais
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