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São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003

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Jordânia concede asilo para duas filhas de Saddam

DA REDAÇÃO

A Jordânia concedeu asilo a duas das três filhas do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, alegando razões humanitárias, após elas desembarcarem no país vindas de Bagdá. O rei Abdullah emitiu uma ordem ontem para que Raghd, 36, e Rana, 34, fossem acolhidas pelo país, disse o ministro da Informação, Nabil al Sharif.
"Elas chegaram nesta noite e são convidadas de Sua Majestade por razões puramente humanitárias", disse Sharif, afirmando que as duas estavam com seus nove filhos. "Não sei se elas pretendem ir para outro destino", disse.
Raghd e Rana são viúvas dos irmãos Hussein e Saddam Kamel, mortos a mando de Saddam Hussein em 1996, quando retornaram ao Iraque após terem fugido para a Jordânia e denunciado o regime de Saddam. Hussein Kamel chefiou o programa de mísseis e armamento nuclear, biológico e químico iraquiano por dez anos.
Desde o fim da guerra, Raghd e Rana viviam escondidas junto com a mãe, Sajida, sob proteção de líderes tribais. Elas teriam pedido asilo ao Reino Unido e aos Emirados Árabes Unidos, sem sucesso.
A filha mais nova de Saddam, Hala, continua vivendo no Iraque. Seu marido, o general Jamal Mustafa Tikriti, está preso.

Uday e Qusay
Os filhos mais velhos de Saddam, Uday e Qusay, foram mortos pelas forças dos EUA em Mossul (norte) no último dia 22, após um iraquiano informar seu paradeiro. Moradores da região em que os dois se escondiam disseram que o anfitrião dos irmãos os delatou.
Ontem, o secretário americano de Estado, Colin Powell, anunciou a liberação do pagamento de US$ 30 milhões em recompensa para o informante, conforme os EUA haviam prometido. A expectativa é que mais iraquianos sintam-se estimulados a dar informações levando a Saddam, pelo qual é oferecida recompensa de US$ 25 milhões. O ex-ditador está desaparecido desde abril.
A Autoridade Provisória da Coalizão também informou que está providenciando o funeral de Uday e Qusay, cujos procedimentos tem estudado junto a líderes religiosos, tribais e membros do Conselho de Governo Iraquiano.
Embora os muçulmanos acreditem que os mortos devam ser enterrados o mais rápido possível, a APC afirmou que esperaria até que familiares reclamassem os corpos. Segundo a administração americana, várias pessoas dentro e fora do Iraque requisitaram os corpos.


Com agências internacionais


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