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EUA
Porta-voz diz que Bush se opõe a qualquer união legal de gays
Casa Branca pondera uma proibição constitucional à união homossexual
DA REUTERS
O governo Bush está estudando
uma emenda constitucional que
garantiria a proibição de casamento no país. O presidente
George W. Bush disse anteontem
que os advogados de seu governo
estavam estudando maneiras de
proibir os casamentos homossexuais. Ontem, seu porta-voz,
Scott McClellan, disse que ele se
também opõe à qualquer tipo de
união civil como alternativa.
"O presidente tem forte compromisso com a proteção da santidade do matrimônio e a defesa
de uma instituição sagrada, a
união entre um homem e uma
mulher", disse McClellan. "Estamos estudando o que pode ser necessário no contexto dos processos judiciais pendentes".
Bush também se opõe à legalização das uniões civis homossexuais, que são permitidas no Estado de Vermont, disse McClellan.
O porta-voz mencionou o apoio
do presidente à lei federal ora em
vigor, que permite aos Estados
não reconhecer esse tipo de união
civil mesmo que ela seja reconhecida em outros Estados.
A Human Rights Campaign,
uma organização de defesa dos
direitos dos homossexuais, criticou a posição do presidente, alegando que ela sugere "inscrever a
discriminação no código legal de
maneira ainda mais firme".
O debate sobre as uniões homossexuais se intensificou desde
que o Canadá tomou medidas para legalizar os casamentos homossexuais e a Suprema Corte
dos EUA revogou, em junho, as
leis estaduais que proibiam a sodomia. Os conservadores dizem
que a posição da corte poderia liberar o casamento homossexual.
Qualquer proposta de emenda
constitucional enfrenta pesados
obstáculos. Para sua aprovação,
precisa obter dois terços dos votos
na Câmara e no Senado, e ser ratificada por 75% dos Estados.
Ao ser questionado sobre sua
opinião quanto à homossexualidade, na quarta-feira, Bush disse
que "somos todos pecadores",
mas McClellan esclareceu que isso não deveria ser interpretado
como uma afirmação de que o homossexualismo é pecado.
Ele apontou que o entrevistador
começara alegando que muitos
dos partidários do presidente
consideravam o homossexualismo imoral. A resposta de Bush expressava sua convicção de que
"não lhe cabia" julgar os outros,
disse McClellan.
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