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TERRORISMO
Considerado "exagerado", projeto será abrandado
Após críticas, EUA recuam sobre vigilância de passageiros aéreos
ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK
O governo americano anunciou
que vai mudar o programa de
monitoramento de passageiros
aéreos, o segundo recuo da administração George W. Bush nesta
semana em um projeto antiterrorismo. A idéia original era levantar informações abrangentes sobre o histórico da pessoa e mantê-las por até 50 anos em um arquivo
controlado por um órgão federal.
Esse plano, porém, foi criticado
por órgãos de defesa dos direitos
civis e por congressistas, que o
consideraram exagerado.
Em uma versão revisada, o governo anunciou que as informações serão descartadas pouco
tempo após o vôo -ou seja, desistiu-se de montar um arquivo
com todos os dados do passageiro. Além disso, a pesquisa será
bem menos abrangente, deixando de incluir dados sobre cartões
de crédito e saúde da pessoa.
Numa terceira mudança, os indivíduos terão o direito de acessar
os dados que o governo levantou
sobre eles, o que não estava previsto originalmente.
O plano, que foi determinado
pelo Congresso após os atentados
de 11 de setembro de 2001, vai
agora começar a ser testado.
Chamado de CAPPS II, o programa prevê que o governo classifique o risco potencial dos passageiros, após cruzar suas informações com bancos de dados públicos comerciais e avaliá-los. Qualquer pessoa que for considerada
como sendo de risco elevado ou
incerto estará sujeita a atenção especial de funcionários públicos
-que poderão, por exemplo, revistá-la de forma minuciosa.
Hoje os EUA levam adiante outro ponto de seu pacote antiterror. Entra em vigor uma nova política mundial de concessão de
vistos para turistas. A idéia é aumentar a proporção de pessoas
entrevistadas antes de conseguirem o documento.
Giuliani
O ex-prefeito nova-iorquino
Rudolph Giuliani disse ontem
que se associou ao banco Bear
Stearns para comandar um fundo
de investimento antiterror.
Ele coordenará o destino de cerca de US$ 300 milhões, que serão
investidos em empresas que fabriquem produtos úteis no combate ao terrorismo nos EUA. Giuliani afirmou que discute outras
empreitadas do tipo com instituições de Wall Street.
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