São Paulo, terça-feira, 01 de agosto de 2006

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Brasileira diz que fica para resistir

DO ENVIADO ESPECIAL A TIRO

A impressão é de que não restou ninguém em Tiro, cidade na costa sul do Líbano conhecida pelos sítios arqueológicos e, mais recentemente, pela forte presença do Hizbollah. Essa segunda característica tornou Tiro um dos principais alvos de Israel. É possível percorrer quilômetros sem avistar uma pessoa ou uma loja aberta.
Até que surge um pequeno mercado. No andar de cima, há uma família brasileira, que não pretende deixar o local.
Zeina Khourani nasceu em Itapevi, SP, onde moram seus irmãos. Vive num apartamento com o filho Abbas. Nas últimas duas semanas, tem dividido o espaço com as primas.
"Tenho medo como todo mundo, mas nós todos vamos morrer um dia, né? Prefiro morrer resistindo aos ataques israelenses", diz Zeina, que tem sofrido com a falta de água e luz, mas não de comida.
"Vamos vencer, não tenho dúvida. O Hizbollah é muito forte", diz Zeina, que foi ao Brasil pela última vez em 1996, após a ofensiva israelense contra o grupo fundamentalista conhecida como Vinhas da Ira. "Vou esperar uma nova vitória do Hizbollah para ir de novo." (MN)


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